Geral
Deputado petista não explica o que fazia em reunião a que estavam presentes membros do PCC; Jilmar Tatto desconversa
Contei ontem aqui a encantadora história do deputado estadual do PT Luiz Moura. É aquele senhor que estava presente a uma reunião estourada pela polícia de pessoas que planejavam ataques a ônibus. Havia na turma nada menos de 13 membros do PCC. Entre eles, estava um dos homens que participaram do assalto ao Banco Central no Ceará, em 2005, de onde foram levados R$ 164,8 milhões.
A operação aconteceu em março, no auge dos ataques criminosos aos ônibus. A reunião ocorreu na sede de uma tal Transcooper, uma dita “cooperativa”, que tem autorização da Prefeitura para operar algumas linhas na cidade. A propósito: os ônibus que eram e são incendiados pertencem sempre às empresas tradicionais, nunca a essas “cooperativas”.
Muito bem! O deputado não quer saber de dar explicações. Disse que estava no local para tratar de assuntos dos cooperados e que não fala mais do assunto. Ocorre que 11 dos 13 membros do PCC não tinham ligação nenhuma com o empreendimento.
Já contei aqui que o deputado estadual petista Luiz Moura é um ex-presidiário. Foi preso por assaltos a mão armada e condenado a 12 anos. Acabou fugindo da cadeia. No tempo em que ficou foragido, este grande empreendedor construiu um patrimônio, acreditem, de R$ 5 milhões, com participação em uma empresa de ônibus e em postos de gasolina.
Seu poder no, digamos, transporte alternativo e no PT cresceu muito na gestão da petista Marta Suplicy, quando ajudou a organizar o serviço de vans. Seu irmão, Senival Moura, vereador do PT, criou um sindicato de perueiros. A dupla é aliada política de ninguém menos do que Jilmar Tatto, atual secretário de Transportes da cidade. Tatto é aquele senhor que chegou a acusar a PM de fazer corpo mole durante a greve violenta de parte dos motoristas e cobradores da capital.
Essas informações talvez ajudem a explicar algumas coisas. O próprio Tatto, e isto é público, fez do chamado “transporte alternativo” — perueiros e cooperativas de ônibus — uma espécie de curral eleitoral. A polícia investiga faz tempo a infiltração do PCC no setor. O dinheiro para a aquisição de veículos de algumas cooperativas teria origem na organização criminosa.
Tatto diz que as suas relações com seu notório aliado são apenas institucionais. A propósito: o secretário já forneceu à Polícia a lista das empresas e cooperativas que prestam serviços à Prefeitura? É com essa gente que Fernando Haddad, “o homem novo”, administra a cidade de São Paulo. Isso ajuda a explicar muita coisa.
Por Reinaldo Azevedo
-
Política E Crime Organizado - Carlos Alberto Di Franco
O GLOBO - 09/06 Deputado deve explicações à sociedade Depois de o secretário municipal de Transportes de São Paulo, Jilmar Tatto, acusar a Polícia Militar de falta de empenho para conter a baderna dos grevistas das empresas de ônibus, o governo...
-
Política Mafiosa - Editorial Folha De Sp
FOLHA DE SP - 27/05 Greve de ônibus paulistanos traz à superfície investigação sobre presença de deputado petista em reunião com membros de facção criminosa A política brasileira tem comparecido ao noticiário criminal com frequência indesejável,...
-
Atentado à Ordem Pública - Editorial O EstadÃo
O Estado de S.Paulo - 22/05 A capital paulista viveu um dia de caos na terça-feira - e o problema continuou quase tão grave ontem - pela ação criminosa de motoristas e cobradores, que estacionaram ônibus em vias importantes para bloquear o trânsito,...
-
A Demagogia Da Mobilidade - Editorial O EstadÃo
O Estado de S.Paulo - 10/10 Ao levantar a bandeira (eleitoral) da mobilidade urbana, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, e o secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto, assumiram o papel de defensores dos sem-carro e passaram a combater,...
-
Pt Lava Dinheiro Do Pcc?
Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho: Olha só que capa deliciosa do Estadão desta quarta-feira! Empresas e deputado do PT são suspeitos de lavar dinheiro do PCC. PCC = Partido de Comando da Capital, a principal organização criminosa...
Geral