Dever de casa para a Copa e as Olimpíadas - EDITORIAL O GLOBO
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Dever de casa para a Copa e as Olimpíadas - EDITORIAL O GLOBO


O GLOBO - 30/07

Depois de dois grandes eventos, todos sabem o que fazer para evitar os problemas ocorridos nas últimas semanas. A ineficiência do setor público, porém, preocupa



No espaço de um mês, de junho para julho, o Rio foi testado em dois grandes eventos. Um, nacional, a Copa das Confederações; o outro, local, a Jornada Mundial da Juventude. Os organizadores da Copa do Mundo, no ano que vem, e das Olimpíadas, na cidade, em 2016, já sabem todos os problemas que enfrentarão. Trata-se agora de correr para evitar, ou minimizar ao máximo, as falhas de organização e planejamento observadas no Rio e em outras capitais.

Pode-se argumentar que uma coisa é o turista de esporte; outra, o peregrino. A primeira diferença é de dimensão e distribuição geográfica: o torcedor viajante se concentrará no Rio apenas na final da Copa. E nem todos virão, por suposto. Já o visitante religioso, em maior número (1,3 milhão, estima-se), se reuniu na cidade e tinha um perfil específico: jovens, muitos abrigados fora de hotéis, na rede de solidariedade estendida pela Igreja. Não importa, porém, a característica de cada viajante, pois todos precisam de um sistema de transporte público com um mínimo de eficiência, aeroportos e rodoviárias que mereçam ser chamados pelo nome, acessos fáceis aos pontos principais das cidades.

Na Copa das Confederações ficaram evidentes problemas no entorno de estádios. Fizeram falta obras para facilitar a chegada e saída das torcidas. No Rio, um planejamento bem feito minimizou as dificuldades. E o teste dos aeroportos ficou para o ano que vem, na própria Copa do Mundo. Como o governo federal atrasou bastante as licitações de terminais, teremos mais uma rodada de ?jeitinhos? e ?puxadinhos?. Na JMJ, houve falhas dos organizadores do encontro e do poder público. Escolher um descampado em Guaratiba para a vigília de 3 milhões de pessoas, sem um plano alternativo, foi uma imprevidência. E se não chovesse, forçando a mudança do encontro para Copacabana, a poeira transformaria a fantástica cerimônia de congraçamento e de mais uma interação mágica entre o Papa Francisco e jovens do mundo inteiro numa cena de canteiro de obras de Brasília na construção da cidade.

A infraestrutura de transportes da cidade se confirmou frágil. Os peregrinos enfrentaram os mesmos problemas que infernizam os cariocas no cotidiano. Apenas em maiores dimensões. Agravados, na terça, na abertura da JMJ, pelo apagão no metrô, sem que também houvesse qualquer plano de contingência. Ficou de uma vez por todas provado que a prioridade do Estado não pode ser trem-bala, mas metrô e/ou trens suburbanos para as capitais.

O prefeito Eduardo Paes tem razão em reivindicar o comando centralizado de megaeventos. De fato, a Prefeitura, por conhecer mais a cidade, deve poder coordenar os diversos serviços mobilizados nestes acontecimentos. Porém, tanto ou mais do que isso, é imprescindível saber o que fazer, contar com os recursos necessários e atuar no tempo certo. São características infelizmente raras na administração pública brasileira.




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