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Dilma e governadores: o enterro do golpe
Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:
A semana termina com um golaço da presidenta.
O golpe do impeachment agora ficou bem mais difícil.
Dilma se reuniu com 26 governadores, mais o representante do Distrito Federal, para combinar políticas públicas comuns a todos.
A ninguém interessa uma convulsão social que um impeachment causaria.
Um impeachment pelos motivos que a extrema direita midiática apresentou é golpe.
A situação política permanece instável, claro.
Semana que vem o golpe pode voltar. A Lava Jato está aí. Moro acaba de prender o maior ícone da tecnologia nuclear do Brasil, assim, na maior cara de pau, decretando "prisão preventiva".
Amanhã é sexta-feira, a conspiração golpista deve apresentar algum novo capítulo de sua trama.
Mas, repetindo, esse encontro de Dilma com os governadores dificulta um processo de ruptura política, porque mostra uma reação da federação contra a conspiração.
Os governadores não querem golpe. Não querem impeachment. Até porque a banalização do processo de impeachment pode derrubá-los a todos.
Se derrubarem Dilma, por que não derrubar Pezão (RJ), Beto Richa (PR), Pimentel (MG), e por aí vai, num efeito dominó que devastaria a economia brasileira?
O Brasil inteiro ficaria nas mãos de procuradores e juízes, que, me perdoem, não podem dar lição de moral a ninguém. MP e Judiciário são tão ou mais corruptos como quaisquer outras instituições, com um agravante, seus membros são inimputáveis e vitalícios.
O pode do povo se manifesta no voto e por isso deve ser respeitado de maneira muito profunda pela democracia.
Quem ganhou, ganhou. Pode ser mau governador, pode ser mau presidente. Quando chegar a outra eleição, o povo tira.
Mas tem que ser o povo, e através de um processo eleitoral, e não o povo manipulado, convocado às ruas por uma mídia golpista, interessada no caos e financiada sabe-se lá porque forças estranhas ao interesse nacional.
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Dilma propõe pacto de cooperação federativa a governadores
“A economia brasileira é mais forte, sólida e resiliente do que era há alguns anos, quando enfrentou crises similares”, afirmou a presidenta, em encontro com governadores de 26 estados e do Distrito Federal
A presidenta Dilma Rousseff reuniu-se nesta quinta-feira (30) com representantes do governo de 26 estados e do Distrito Federal na sede do Palácio da Alvorada. Entre os temas discutidos no encontro, que contou com a presença de ministros de Estado, projetos em infraestrutura de transportes, educação, saúde e segurança pública.
Em discurso na abertura da reunião, Dilma propôs o estabelecimento de um pacto de cooperação federativa entre governo federal e estados. “O bom caminho é o da cooperação, que é a maior tecnologia já inventada pelo ser humano”, afirmou Dilma Rousseff.
Segundo a presidenta, o esforço conjunto é importante no momento em que o País passa por um ajuste fiscal e se prepara para uma nova etapa de crescimento econômico. “Estamos vivendo um período de transição para um novo ciclo de expansão que vai ser puxado pelo investimento e o aumento da produtividade”, disse.
Dilma observou que o Brasil reúne as condições para crescer com preços baixos, pleno emprego e saúde e educação de qualidade. “A economia brasileira é mais forte, sólida e resiliente do que era há alguns anos, quando enfrentou crises similares.”
Ainda de acordo com a presidenta, o governo pretende definir com os governadores uma carteira de projetos em infraestrutura e logística no período entre 2015 e 2018. “O que nós queremos agora é que essa carteira seja estruturada porque sabemos que investimentos levam tempo para maturar”. Ela afirmou que alguns estados já apresentaram projetos para o setor.
A importância da reforma do Imposto sobre Comercialização de Mercadorias e Serviços também foi destacada pela presidenta Dilma em sua intervenção. Para Dilma, o imposto é parte de um contexto microeconômico mas tem consequências “macroeconômicas”, como a criação de novos postos de trabalho.
Segurança Pública
A reforma do Imposto sobre Comercialização de Mercadorias e Serviços também foi destacada pela presidenta Dilma em seu discurso. Para Dilma, o imposto é parte de um contexto microeconômico, mas tem consequências “macroeconômicas”, como a criação de novos postos de trabalho.
Durante a reunião, o ministro da Justiça, Eduardo Cardozo, fez uma apresentação sobre a situação da segurança pública no Brasil. O governo federal propôs um pacto nacional contra a violência, com foco na redução de homicídios dolosos e na redução do déficit carcerário no Brasil. “Precisamos desenvolver políticas de segurança e sociais para populações vulneráveis. Podemos interromper o número de homicídios, num horizonte de agora até 2018”, ressaltou a presidenta.
O governo também pretende unir esforços com os estados e apresentar soluções para o problema da superlotação nos presídios brasileiros. Segundo dados do Ministério da Justiça, a população carcerária é de cerca de 600 mil detentos, que ocupam 276 vagas. O déficit prisional já atingiu o patamar de 231 mil vagas.
Fonte: Portal Brasil.
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