Um vídeo gravado pelos agentes da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, na Grande Natal, mostra as dimensões e a estrutura da "caverna" descoberta sob o piso de um dos pavilhões da unidade prisional na manhã desta terça-feira (9). Nas imagens, os agentes penitenciários caminham pela galeria e apontam diversas passagens de diferentes tamanhos no local. Algumas delas seriam caminhos diretos para as celas dos detentos do Pavilhão 1, o maior da unidade.
"Isso aqui é uma verdadeira caverna. Eles planejavam a maior fuga da história do presídio", afirmou o diretor Ivo Freire.
A maior fuga da história da Penitenciária Estadual de Alcaçuz aconteceu no dia 20 de janeiro de 2012. Ao todo, 41 detentos escaparam das celas, que estavam sem cadeados, e passaram por cima do muro do chamado Pavilhão 5 da unidade, onde hoje funciona o Presídio Estadual Rogério Coutinho Madruga.
Quando inaugurado, em dezembro de 2010, o pavilhão era considerado de segurança máxima. Dos que escaparam, 28 foram recapturados e 9 morreram em ações criminosas. Quatro continuam foragidos.
Segundo túnel descoberto em uma semana
Na última quarta-feira (3), uma revista realizada no Pavilhão 4 de Alcaçuz encontrou um túnel na quadra usada pelos detentos para o banho de sol. Na ocasião, o diretor da penitenciária explicou que os presos utilizaram sacos de areia e o próprio piso de pedra da quadra para esconder o túnel. "Fizeram um corte naquele espaço e camuflaram com pedras. O local é usado pelo menos quatro vezes por semana para banhos de sol e visitas íntimas. São momentos em que os presos sabem que não há uma segurança mais enérgica", ressalta o diretor. Freire acredita que vários detentos se revezaram para cavar o túnel.
"Isso aqui é uma verdadeira caverna. Eles planejavam a maior fuga da história do presídio", afirmou o diretor Ivo Freire.
Galeria encontrada nesta terça-feira (9) no Pavilhão 1 de Alcaçuz possibilitaria a maior fuga da história da unidade, afirmou a direção (Foto: Divulgação/Coape-RN)
Alcaçuz fica no município de Nísia Floresta. Com mais de 900 presos, é a maior unidade prisional do Rio Grande do Norte. De acordo com os agentes, a galeria foi aberta pelos próprios presos. O Pavilhão 1 abriga parte dos presos investigados na Operação Alcatraz, deflagrada no início do mês e que aponta a existência de facções ditando regras e comandando crimes a partir de presídios do Rio Grande do Norte. Buraco feito pelos presos no Pavilhão 1 da Penitenciária Estadual de Alcaçuz (Foto: Divulgação/Coape-RN)
Ainda de acordo com o diretor de Alcaçuz, os agentes chegaram à galeria por meio de uma denúncia anônima. Ivo explicou que recebeu a informação de que haveria um resgate dos detentos. "Eles planejavam uma grande operação para realizar a fuga. O que soubemos é que a galeria seria usada como um local onde eles aguardariam o resgate. Certamente uma equipe viria pelo lado de fora e daria o sinal para a debandada. Acreditamos que seriam usadas cordas e escadas para que eles pudessem passar por cima dos muros. Seria a maior fuga da história de Alcaçuz", acrescentou. Sacos com areia camuflavam a saída para o buraco em Alcaçuz (Foto: Divulgação/Coape-RN)
Maior fuga da históriaA maior fuga da história da Penitenciária Estadual de Alcaçuz aconteceu no dia 20 de janeiro de 2012. Ao todo, 41 detentos escaparam das celas, que estavam sem cadeados, e passaram por cima do muro do chamado Pavilhão 5 da unidade, onde hoje funciona o Presídio Estadual Rogério Coutinho Madruga.
Quando inaugurado, em dezembro de 2010, o pavilhão era considerado de segurança máxima. Dos que escaparam, 28 foram recapturados e 9 morreram em ações criminosas. Quatro continuam foragidos.
Segundo túnel descoberto em uma semana
Na última quarta-feira (3), uma revista realizada no Pavilhão 4 de Alcaçuz encontrou um túnel na quadra usada pelos detentos para o banho de sol. Na ocasião, o diretor da penitenciária explicou que os presos utilizaram sacos de areia e o próprio piso de pedra da quadra para esconder o túnel. "Fizeram um corte naquele espaço e camuflaram com pedras. O local é usado pelo menos quatro vezes por semana para banhos de sol e visitas íntimas. São momentos em que os presos sabem que não há uma segurança mais enérgica", ressalta o diretor. Freire acredita que vários detentos se revezaram para cavar o túnel.
Presos usaram sacos de areia e piso para cobrir túnel no Pavilhão 4 de Alcaçuz (Foto: Divulgação/Sejuc-RN)
Alcaçuz