A professora foi presa no último dia 27, na Zona Oeste do Rio. Ela foi detida após a denúnciada mãe da aluna, que relatou à polícia que a filha estava desaparecida há dois dias. Estudante e professora teriam passado os dias no motel. A educadora, que dava aulas na Escola municipal Rondon, em Realengo, na Zona Oeste, também teria seduzido outra aluna de 13 anos.
O delegado encerrou o inquérito nesta sexta-feira (5) e já o encaminhou à 2ª Vara Criminal de Bangu. Lages explica que o material será entregue ao Ministério Público, que terá cinco dias para analisar o caso. O promotor, segundo o delegado, pode oferecer denúncia dos envolvidos, no caso a professora, o diretor da escola e o dono do motel, ou pedir mais provas que comprovem o relacionamento.
Depoimento dos funcionários do motel
Ainda na manhã desta sexta-feira (5), dois porteiros e o gerente do motel foram ouvidos pela polícia. Segundo o delegado, eles disseram que não se recordavam da professora e alegaram que, ao chegar ao motel, muitos clientes abrem pouco o vidro do carro para manter a discrição. Os funcionários disseram também que, em caso de suspeita, o documento de identificação dos clientes é pedido na entrada.
Ainda na manhã desta sexta-feira (5), dois porteiros e o gerente do motel foram ouvidos pela polícia. Segundo o delegado, eles disseram que não se recordavam da professora e alegaram que, ao chegar ao motel, muitos clientes abrem pouco o vidro do carro para manter a discrição. Os funcionários disseram também que, em caso de suspeita, o documento de identificação dos clientes é pedido na entrada.
?A princípio, o dono do motel vai responder pelo artigo 250 do Estatuto da Criança e do Adolescente. Como foi uma prisão em flagrante, eu tive que encerrar o inquérito em 10 dias, e agora vou aguardar a posição do MP?, ressaltou o delegado.
Mãe diz que diretor sabia de relacionamento
Na quinta-feira (4), a mãe da adolescente de 13 anos foi ouvida pela segunda vez e voltou a afirmar que o diretor da unidade sabia do envolvimento amoroso entre sua filha e a educadora. No entanto, em depoimento na quarta-feira (3), o diretor da escola negou que soubesse do envolvimento. A Secretaria municipal de Educação informou que o diretor foi exonerado do cargo.
Na quinta-feira (4), a mãe da adolescente de 13 anos foi ouvida pela segunda vez e voltou a afirmar que o diretor da unidade sabia do envolvimento amoroso entre sua filha e a educadora. No entanto, em depoimento na quarta-feira (3), o diretor da escola negou que soubesse do envolvimento. A Secretaria municipal de Educação informou que o diretor foi exonerado do cargo.
Em nota oficial, a Secretaria esclareceu que ?dará toda assistência psicológica para a aluna envolvida?. Segundo o órgão, todas as escolas, em casos de denúncia de abuso sexual, são orientadas a comunicar à polícia a suspeita e abrir uma sindicância administrativa para apurar os fatos.
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Cartas amorosas
A mãe contou ao delegado que mostrou ao diretor cartas amorosas para comprovar o relacionamento da filha com a professora. No entanto, segundo Angelo Lages, o diretor não mencionou na ata encaminhada às autoridades o conteúdo das cartas. Mas, ainda segundo o delegado, nas atas ele descreveu que havia um relacionamento anormal de carinho entre a estudante e a docente.
A mãe contou ao delegado que mostrou ao diretor cartas amorosas para comprovar o relacionamento da filha com a professora. No entanto, segundo Angelo Lages, o diretor não mencionou na ata encaminhada às autoridades o conteúdo das cartas. Mas, ainda segundo o delegado, nas atas ele descreveu que havia um relacionamento anormal de carinho entre a estudante e a docente.
?Nas atas escritas pelo diretor ficou notório que ele sabia do envolvimento sexual e amoroso entre as duas. Esse novo depoimento só voltou a confirmar aquilo que já sabíamos, por isso vamos indiciá-lo pelos mesmos crimes que a professora?, explicou Lages.
A professora está presa na carceragem de Bangu 8, na Zona Oeste do Rio e vai responder pelos crimes de estupro de vulnerável e corrupção de menores
g1.com