E agora, Joseph? - EDITORIAL CORREIO BRAZILIENSE
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E agora, Joseph? - EDITORIAL CORREIO BRAZILIENSE


CORREIO BRAZILIENSE - 08/05
Enquanto o Brasil discute se a Seleção convocada ontem pelo técnico Luiz Felipe Scolari reúne ou não os melhores craques do futebol brasileiro, o sofrível trato nacional conferido ao padrão Fifa segue com o gosto amargo de um insosso 0 x 0. Nem os palcos da festa o país foi capaz de entregar conforme o combinado. Embora as 12 arenas devessem estar prontas até 31 de dezembro do ano passado, há estádio sendo inaugurado hoje, outro amanhã, de modo que o monumental descumprimento dos prazos põe em segundo plano a exigência de qualidade e a conferência de detalhes. A esta altura, importa mais que o espetáculo nos gramados supere a vergonha fora deles.
Se os brasileiros que foram às ruas em junho por "padrão Fifa" nos transportes, na saúde, no ensino e na segurança pública soubessem o que significaria tal nível de qualidade no Mundial, certamente cobrariam outra coisa. Pois ainda que a Copa deixe legados - e seria impensável desatino passar totalmente em branco -, eles estarão muito aquém de promessas e projetos. Desse ponto de vista, a frustração também é certa. Mas as consequências não têm o tamanho continental do Brasil. Têm o tamanho do planeta Terra. É a competência nossa de cada dia que está em jogo, com os olhos do mundo conferindo a entrega dos estádios, da mobilidade urbana, dos aeroportos, da segurança, da energia, da telefonia e por aí afora.

Podia-se perguntar ao presidente da entidade máxima do futebol: e agora, Joseph Blatter, você, que foi da ira à tolerância com a desorganização, está pronto para lavar as mãos neste momento solene? É mais producente, contudo, perguntar ao contribuinte brasileiro o que fazer da experiência. Até porque as Olimpíadas estão aí. Com a vantagem de que parte da infraestrutura vai estar pronta, ou quase. Talvez seja a oportunidade de exigir que a mobilidade urbana se torne realidade nacional, para além da meia dúzia de projetos de fato executados; que os locais dos jogos tenham plena garantia de transmissão de dados por celular; que aeroportos como os de Belo Horizonte e Salvador, cujas obras para a Copa ficarão incompletas, sejam concluídos; que o risco de apagão energético esteja anulado até 2016; e assim sucessivamente.

Não vale a mobilidade urbana funcionar relativamente bem apenas devido à decretação de feriado ou ponto facultativo em dias de jogos. Tampouco serve ao país uma segurança pública exemplar limitada aos dias da competição, com o apoio de forças que logo serão desmobilizadas. Também será frustrante ver os serviços fluírem nos aeroportos só por conta de reforço excepcional no quadro de trabalhadores. O brasileiro gostaria de ganhar a Copa nos gramados e fora deles. Restou a primeira chance. E, apesar das controvérsias de sempre quanto a um nome ou outro da lista de Scolari, dá para torcer por nossos craques. Só não dá para torcer pelo time de responsáveis ou irresponsáveis que perdeu de goleada no planejamento do segundo Mundial sediado pelo Brasil em 64 anos, fazendo-nos lembrar, de modo diverso, do maracanaço de 1950.




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