EDUCAÇÃO SENTIMENTAL
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EDUCAÇÃO SENTIMENTAL


Não sei quantos anos tem esta crônica nunca publicada na internet, mas desconfio que seja de 2003, ano em que Bush atacou o Iraque. A gente morava em Joinville e eu tava começando o mestrado. E escrevia, além de críticas de cinema pro jornal, também crônicas levinhas pra um outro caderno. De resto, não lembro de mais nada. Parece que sete anos passaram voando!

Tá, sei que já falei do meu gatuno Calvin em outra crônica, mas ele é tão fantástico que preciso tocar no assun
to de novo. É verdade: eu me deslumbro facilmente com ele. O maridão já não segue meu entusiasmo, como pode ser visto neste diálogo.
Eu: “Você viu? O gatinho me ouviu chegando na cama, veio correndo até aqui e se deitou em cima de mim”.
Ele: “Você tá querendo dizer que ele sabe a diferença entre você e o colchão?”.
Eu, insinuante: “Óbvio que sabe. E você, sabe a diferença entre o colchão e eu?”.
Ele: “Acho que sim... O que a gente tem que trocar é o colchão, certo?”.
Você pode notar que, em matéria de carinho, o maridão ainda tem muito que aprender. E o Calvin é um mestre em carinho. Sério mesmo. Meu gatinho vem pra mim sem nenhum interesse além de o de dar e receber amor. Ele se deita no meu peito e estende a patinha pra acariciar meu queixo. Isso quando não encosta a cabeça na minha bochecha. Nessas horas, eu me esqueço dos problemas do planeta. Creio que todo mundo deveria ter um gatinho desses. Sinceramente, se o Bush tivesse um gato a lhe acariciar, ele estaria por aí atacando outros países? Não, né? Eu queria abrir um salão relaxante onde cada pessoa receberia um gato pra fazer carinho por algumas horas. E o gato, em troca, faria rum-rum. A Rum-rum Terapia traria paz à Terra, tenho certeza. Enquanto não concretizo meu sonho, ando pedindo pro maridão imitar o gatinho. Chamo isso de “Educação Sentimental do Maridão”.
Eu: “Você tá tentando copiar o Calvin?”.
Ele: “Deixa eu ver: dormir o dia todo e longas saídas à noite... Tô. Eu até consigo dormir o dia todo nos fins de semana, mas estou tendo problemas com as saídas noturnas por causa de uma certa jararaca. Mas sim, posso dizer que estes são os meus objetivos na vida”.
Eu: “Amor, eu tô falando de copiar o Cal na parte do carinho, na parte que me toca, sabe?”.
Ele, me ignorando: “Claro que ainda preciso ensinar esse gato estúpido a assistir TV, mas tô indo bem”.
Rum-rum Terapia nele!




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