Só anotei, mas acabei não escrevendo a crítica...
Ultra-trash e violentíssimo “Os Donos do Amanhã” (Class of 1984)
Pra quem gosta e entende de rock, um prato mais cheio ainda.
Jack Black tem o olhar maníaco do outro Jack, o Nicholson, quando ele arromba a porta a machadadas em “O Iluminado”. Mas Nicholson tem essa mirada perigosa durante alguns minutos do filme. Black tem o tempo toda. Energia que dá gosto.
Ri quando ele mergulha na platéia e dá de cara no chão.
Expulso da própria banda que fundou.
Grupo de nerds.
No começo, Jack não quer nem conversa com a turma. Eu já vi aulas assim, com professoras de verdade, em que os alunos devem fazer as tarefas em silêncio sepulcral. A aula inteira. Mais pra frente descobre que os moleques já sabem tocar instrumentos, e decide fundar uma nova banda de rock com eles. Mas como aproveitar mais que meia dúzia de pupilos? Fácil, ele distribui várias funções, incluindo a equipe técnica e as groupies. A menina mais CDF da sala não se contenta em ser groupie e vira uma empresária de primeira, uma espécie de Brian Epstein da banda.
Não gostei de “O Amor é Cego”, acho que nem o Jack se salva ali.
Em “Alta Fidelidade” ele tem o melhor papel.
Aqui o personagem é sob medida.
Geralmente os filmes mostram como um professor vai mudar a vida de seus alunos. Mas aqui são os alunos que vão mudar a vida do professor. O professor é um rebelde.
Bem sessão da tarde mesmo, mas irresistível.
Só rock n’roll, sem sexo ou drogas. Sem palavrões. Censura livre.
Joan Cusak cria uma dupla divertida com Jack.
“O que a escola ensina?”
Rasga todo o sistema de estrelinhas, abole as notas. E acusa o sistema doente.
Claro, não se pode levar o personagem a sério. Ele é um bobalhão, imaturo, preguiçoso, e não tem muito a dizer. Isso é puro entretenimento, gente.
Previsível, pero fofinho.