?É a terceira vez que isso acontece. Toda vez que ele está próximo de progredir de regime, colocam um novo processo para aumentar a pena. Ao invés de julgarem de uma vez só, toda vez que se aproxima o semiaberto acontece outro julgamento?, afirma o advogado cearense Luis Augusto Correia Lima de Oliveira, comparando o caso do ex-coronel a prisão perpetua.
?O caso dele é como se fosse prisão perpétua, não tem outra situação, já que desde 1999 está no cárcere?, ressalta.
A vítima foi morta com um tiro de escopeta calibre 12 e teve o corpo carbonizado numa fogueira de pneus. Correia Lima, que cumpre pena desde 1999 após ser acusado de comandar o crime organizado no Piauí, é acusado de ser o autor intelectual do homicídio. De acordo com o advogado, é atribuído ao grupo do ex-coronel os crimes de homicídio qualificado, destruição de cadáver e constrangimento ilegal.
Gaúcho teria sido assassinado pelo desviado uma carga roubada do grupo. Segundo advogado, serão julgados ainda o irmão do ex-coronel, soldado José Correia Braga Neto, o Zé Correia, e o ex-policial civil Francisco Domingos de Sousa, o Domingão.
Luis Augusto Correia Lima de Oliveira diz que espera um desfecho breve do caso, e ressalta que a defesa está consciente da inocência do acusado, apesar do pré-julgamento que a sociedade impõe ao réu pelo seu passado. "Meu cliente é condenado pela imagem que foi criada em torno de seu nome, não pelos fatos, não pela Lei e muito menos pelo suposto crime. Não se pode julgar ninguém antecipadamente", destaca.
Correia Lima ainda será julgado por pelo menos mais dois crimes. Um deles é do engenheiro José Ferreira Castelo Branco Filho, o Castelinho. O crime ocorreu na década de 1990. O outro crime é o do comerciante Sinval Correia Braga, fato ocorrido no município de Jucás-CE, em 3 de abril de 1996.