Falta de diálogo na greve da PM na BA
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Falta de diálogo na greve da PM na BA


Por Altamiro Borges

Deflagrada na terça-feira (31), a greve dos policiais militares da Bahia tem gerado forte tensão nas principais cidades do estado. O clima é de medo na população, com o aumento de casos de roubos e de violência. Até o momento, porém, o governo estadual tem demonstrado pouca capacidade para o diálogo, o que radicaliza ainda mais o inflamável movimento grevista.


Nesta sexta-feira, a paralisação ganhou mais força com a adesão de cerca de 10 mil policiais, segundo o próprio comando da PM. Diante da crescente boataria sobre arrastões e saques e com a justificativa de que precisa zelar pelo bem-estar da sociedade, o governador Jaques Wagner (PT) solicitou o apoio da Força Nacional de Segurança, que deverá enviar 500 soldados para a Bahia.

Comandante reconhece defasagem salarial

Em pronunciamento hoje em rede regional de rádio e TV, o governador afirmou que não ficará refém da PM e que tomará todas as medidas para assegurar o pleno estado de direito e a segurança da população. A Associação de Policiais e Bombeiros da Bahia (Aspra) não se intimidou diante do pronunciamento e garante que o governo tem se mostrado inflexível nas negociações.

A categoria reivindica reajuste salarial, pagamento da GAPV (gratificação por atividade policial), regulamentação do pagamento do auxílio acidente e adicionais de periculosidade e insalubridade, entre outros itens. O próprio comandante-geral da PM, Alfredo Castro, reconheceu a existência de defasagens salariais, mas alegou que o governo vem paulatinamente recuperando as perdas.

CTB e CUT defendem reabertura das negociações

As duas centrais sindicais com maior inserção na Bahia, CTB e CUT, manifestaram apoio ao movimento grevista e pressionam o governador Jaques Wagner, que tem sua origem no sindicalismo, para que reabra as negociações. Infelizmente, o secretário de Segurança Pública do Estado, Maurício Barbosa, voltou a afirmar hoje que não vai reabrir o diálogo com os grevistas.

Na quinta-feira (2), a Justiça baiana concedeu liminar ao governo decretando a ilegalidade da greve. Foi fixada multa de R$ 80 mil para cada dia de paralisação. Fábio Brito, diretor jurídico da Aspra-BA, afirma que a entidade vai recorrer da decisão e contestou a imposição da multa. “Somos uma associação pequena e o que arrecadamos não chega a 10% deste valor”.

Em matéria no seu sítio, a CTB critica “a intransigência do governo e o descaso com que a categoria vem sendo tratada”. O esforço é para mediar o conflito, evitando perigosas radicalizações. No mesmo rumo, a CUT-BA divulgou nota em que afirma que “o bom senso e a manutenção do diálogo, em qualquer instância, é um exemplo de civismo e de democracia. Os policiais militares são responsáveis por um trabalho de extrema importância para a sociedade e é justo que sejam bem recompensados por isso”.




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