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Foguetes fictícios
O PSD voltou a lançar foguetes eleitorais pelas estatísticas económicas recentemente publicadas pelo INE relativas ao segundo trimestre. Mas a retoma económica que reivindica é pelo menos frustrante, pela lentidão, e problemática, pelas suas caraterísticas.
a) O crescimento homólogo do PIB (1,5%), além de ficar aquém das previsões (e muito abaixo da Espanha e da Irlanda), é tudo menos são, porque grandemente baseado na procura interna, fortemente alavancada no crédito barato; mesmo assim, a este ritmo,
o País vai demorar varios anos antes de recuperar o PIB de 2010 (neste momento o fosso ainda permanece em 5,5 pp!).
b) A taxa de desemprego lá vai diminuindo (o que é bom); mas mais importante do que a taxa de desemprego (que só mede os que procuram emprego, desprezando os que emigraram e os que desistiram de procurar emprego) é o nível do emprego, ou seja, o número de pessoas empregadas. Ora,
permanece um enorme fosso em relação ao nível de emprego de 2011, tendo sido eliminados milhares e milhares de postos de trabalho.
c) A balança de transações externa (bens e serviços) mantém-se superavitária, mas a perder gás, com as importações a crescer bem mais do que as exportações;
a este ritmo não tarda a reposição do défice externo.
Se é este o panorama e o balanço da legislatura, por que é que o PSD deita foguetes eleitorais?
[revisto]
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