GUEST POST: CAROL, UM FILME MARCANTE
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GUEST POST: CAROL, UM FILME MARCANTE


Recentemente, num convite para você participar do bolão do Oscar, eu disse que achei Carol ótimo, mas que não havia entendido o hype, e pedi para quem ama o filme para que escrevesse sobre ele. 
Helen Pinho se prontificou (aqui, o trailer legendado):
Fui ver o filme e amei, então preenchi todos os requisitos da Lola (rsrsrs) para escrever sobre ele. Nunca fiz isso, gente, é importante frisar, mas vamos lá.
Carol se passa em Nova York na década de 50 e conta a história do romance entre Carol Aird (Cate Blanchett) e Therese Belivet (Rooney Mara). É um romance, um filme feminista e uma história com protagonistas lésbicas.
Apesar da sinopse parecer “somente mais um filme sobre homossexualidade”, não deixe se enganar: é mais. Primeiro que deveria ser considerado um ótimo romance para qualquer um (se a sua homofobia não interferir). É um filme protagonizado por mulheres, personagens bem construídas, com várias facetas, tipo gente de verdade, e que não está ali apenas para embelezar a tela (então curta, se o teu machismo permitir). Para finalizar, é lésbico -- e sabemos do silenciamento das irmãs lésbicas tanto no movimento LGBT como, infelizmente, também no feminismo.
As protagonistas são brancas, lindas, magras e mesmo com o pequeno desvio que a idade de Cate Blanchett já pode causar em nossa sociedade obcecada pela juventude, elas estão sim dentro do “padrão de beleza”; portanto, esse é um ponto que pode ser problematizado. Falta representatividade, sobra atitude. É importante ressaltar que elas não são bibelôs e não estão ali para provocar prazer em marmanjo que tem fetiche por lésbicas.
Tenho tendência a gostar dos detalhes, talvez por isso também o meu amor por Carol (o filme, mas poderia ser pela personagem). O romance tem um tempo diferente, compassado, com silêncios, com cores. 
Nesse texto a autora diz que a paleta de cores parece ser uma personagem. Não vejo definição melhor, e diria que a trilha sonora não fica longe dessa definição. Em vários momentos é ela que sussurra a paixão pelo ar.
Uma das minhas sequências favoritas é quando Carol e Therese estão no carro, indo para a casa de Carol pela primeira vez. A conversa entre elas está em segundo plano, a trilha sonora é que domina a cena. É como se estivéssemos na cabeça de Therese, inebriada por essa repentina e surpreendente paixão.
Claro que nem tudo são cores lindas e trilhas sonoras, há o conflito, Therese é comprometida e não se identifica como lésbica, mas qual é o espaço real para esses questionamentos? A heterossexualidade normatizada e a homofobia eram, e ainda são, a receita perfeita para sexualidade compulsória.
Já Carol está em processo de divórcio e é mãe de uma pequena menina. Os embates entre ela e o ex-marido são importantíssimos, já que mostram uma mulher que não segue o comportamento esperado pela sociedade, não só por se relacionar com mulheres, mas por não ter uma postura subalterna e submissa. Ela se impõe e se responsabiliza por suas decisões. 
Essa auto responsabilização é outro ponto importante: mesmo quando Carol poderia colocar a culpa em uma amiga ou uma amante, e gerar aquela cena de “mulheres se odeiam”, ela toma a responsabilidade por seu casamento para si, suas decisões, seus erros e acertos, e isso é um ensinamento para a vida de todxs nós.
Nesse ponto o filme me trouxe também um paralelo com As Sufragistas: homens usando os filhos para tentar controlar a vida das mulheres. Fica claro que esse comportamento não tem absolutamente nenhuma relação com o bem estar das crianças, como no caso de Sufragistas, em que o pai (spoiler!) impede a mãe de cuidar do filho para colocá-lo para adoção. Apesar de serem filmes de época, ficamos pensando se as mudanças das últimas décadas foram significativas mesmo. Será que os homens deixaram de usar a paternidade como meio de controle?
Voltando às flores, Cate Blanchett foi merecidamente ovacionada por sua atuação, mas fiquei apaixonada pela atuação de Rooney. Amei a personagem e o seu crescimento no filme, uma coadjuvante com ares de protagonista, que não briga por brilho, apenas divide a tela de igual pra igual. É um belo filme.




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