HISTÓRIA: Depois de Armstrong, só onze homens foram à Lua
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HISTÓRIA: Depois de Armstrong, só onze homens foram à Lua



A morte de Neil Armstrong, o lendário astronauta que comandou a missão Apollo 11 na sua pioneira viagem à Lua, fez o mundo revisitar as memórias da histórica jornada de 1969. Depois do primeiro passo de Armstrong na superfície lunar, outros onze astronautas pisaram no satélite natural da Terra. Desde 1972, porém, nenhuma outra missão espacial levou astronautas à Lua. Em várias ocasiões, a Nasa chegou a ensaiar novas tentativas. A mais recente, a mando de George W. Bush, foi enterrada por Barack Obama cerca de dois anos antes do adeus a Armstrong.


Oito vezes Armstrong repetiu a lenta e dramática dança. De costas para a paisagem da noite lunar, com as mãos seguras na escada de sua águia metálica, procurava com os pés cada degrau da histórica descida. Então veio o último lance: às 23h56 de 20 de julho de 1969, Armstrong estendeu seu pé esquerdo, apalpou cuidadosamente o chão fino e poroso, pressionou-o depois com mais força e só então deixou-se ficar de pé na Lua. O grande e grotesco vulto branco, que horas antes decidiu antecipar o primeiro passeio de um homem na Lua ? deveria ser às 3h16 da manhã de 21 de julho ? , emocionou-se: o astronauta Armstrong era, a partir daquele instante, Neil Armstrong, primeiro homem a pisar na Lua. Sua mão ainda se apoiou alguns instantes no Módulo já vazio de atmosfera. Depois, libertou-se totalmente e deu os primeiros passos. Na Terra, 1 bilhão e 200 milhões de pessoas, reunidas diante dos vídeos, segundo os cálculos da Nasa, ficavam fascinadas pelo duplo milagre da descida e de suas imagens. Na Lua, um homem grande e forte experimentava, naquele instante, a sensação de pesar como uma criança: 15 quilos apenas. A Terra conquistava a Lua.EM DIA

O que aconteceu depois
Neil Armstrong, Edwin Aldrin e Michael Collins retornaram à Terra como heróis. Depois de passar pela quarentena, foram homenageados pelo presidente Richard Nixon e por desfiles com chuva de papel picado nas maiores cidades americanas. Foram condecorados em dezessete países diferentes. Em outubro de 1969, Armstrong e Collins fizeram uma rápida visita ao Brasil, onde também foram homenageados. O trio de astronautas abandonou suas funções na Nasa na década de 70. Eles tomaram caminhos distintos: Armstrong passou a presidir uma empresa que fabricava componentes eletrônicos de aviação; Collins virou autor de livros sobre o espaço; Aldrin lutou durante seis anos contra o alcoolismo e as crises depressivas. O segundo homem a pisar na Lua passou por várias clínicas de recuperação, escreveu cinco livros e hoje promove o turismo espacial. Um de seus sonhos é ver hotéis espaciais em órbita da Terra. Vivendo longe da fama e da aventura, os três sempre são lembrados quando se fala nas novas jornadas americanas ao espaço. Em 1986, por exemplo, Armstrong fez parte da comissão que investigou a tragédia do ônibus espacial Challenger. Curiosamente, porém, entre todos os astronautas do projeto Apollo, Armstrong, o mais famoso tripulante de todas as missões, foi o que optou por levar uma vida mais tranquila e normal. Tinha uma fazenda no estado de Ohio e dirigia uma empresa de consultoria em Nova York. Milagrosamente, conseguia manter-se longe dos holofotes ? e raramente dava entrevistas para falar sobre a Lua. De acordo com pessoas próximas a ele, Armstrong não entendia o motivo de ter sido transformado em celebridade simplesmente por ter feito seu trabalho como astronauta. Por gostar de manter sua privacidade e por avaliar que não deveria ser tratado como um ícone americano, evitava homenagens e cerimônias públicas. Em 25 de agosto de 2012, a família de Neil Armstrong anunciou a morte do primeiro homem a pisar na Lua. Ele tinha 82 anos e foi vítima de complicações decorrentes de uma cirurgia cardíaca. O presidente Barack Obama liderou os tributos ao astronauta ? e todas as autoridades e ex-companheiros que falaram sobre ele usaram o termo ?herói?.
O programa Apollo continuou com mais seis missões rumo à Lua, cinco delas bem-sucedidas ? a Apollo 13, de 1970, sofreu uma pane antes de alcançar o satélite. Em 14 de dezembro de 1972, a última missão Apollo, de número 17, chegou à Lua. Desde então, o homem não voltou ao satélite natural da Terra. Depois de Armstrong, outros onze homens pisaram na Lua. Ainda em 1972, o projeto Apollo perdeu espaço para o Skylab, que tinha como objetivo criar estações espaciais habitáveis. Em junho de 1975, porém, uma nave Apollo voltou a fazer história, durante uma missão conjunta com astronautas da antiga União Soviética. Em seguida, o projeto foi encerrado. No final da década de 70, dez anos depois da viagem pioneira à Lua, o Apollo deu lugar à criação de uma nova família de naves, os ônibus espaciais (Columbia, Discovery, Challenger, Atlantis e Endeavour). Em 1989, no vigésimo aniversário da missão da Apollo 11, o então presidente George Bush anunciou que o homem retornaria à Lua (?desta vez para ficar?, segundo ele) no ano 2000 ? o que, claro, não aconteceu. Em 1999, no trigésimo aniversário da façanha da Apollo 11, o governo dos EUA revelou que Armstrong e Aldrin partiram da Terra sabendo que havia grande risco de nunca mais retornar. Eles estavam preparados para morrer na Lua. As possibilidades de que isso acontecesse eram tantas que o governo americano já tinha pronto todo o ritual fúnebre. Até o discurso do presidente Richard Nixon, comunicando a tragédia ao mundo, estava escrito: ?O destino determinou que esses homens que foram à Lua explorá-la em paz nela descansassem em paz para sempre?. Em janeiro de 2004, o presidente George W. Bush retomou a meta anunciada pelo seu pai e encomendou à Nasa o retorno do homem à Lua, no máximo até 2015. Em 2006, a Nasa detalhou os planos para a volta: a viagem seria realizada após 2014, dentro do novo Programa Constellation, com dois foguetes. Um levaria o módulo lunar e o outro, os astronautas e a Orion ? o primeiro exemplar da nova geração de espaçonaves, para substituir os ônibus espaciais nas visitas à Estação Espacial Internacional. Os planos, no entanto, ficaram pelo caminho: em 2010, Obama determinou que a Nasa adotasse outras prioridades, engavetando mais uma vez a ideia de retornar à Lua.

FONTE:http://veja.abril.com.br/blog/acervo-digital/em-dia/em-dia-depois-de-armstrong-so-onze-homens-foram-a-lua/




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