As pesquisas mais recentes do Datafolha e do Ibope mostraram situação inalterada entre Aécio Neves e Dilma Rousseff (51% x 49%), com o tucano em vantagem numérica mas tecnicamente empatado com a petista.
Porém, há sinais de que o candidato de oposição está sentindo os golpes da campanha “Quem conhece Aécio, não vota em Aécio”.
Na propaganda eleitoral desta noite, além de frisar que “quem conhece Aécio, vota em Aécio”, o tucano recorreu a uma pesquisa do Instituto Veritá, segundo a qual ele teria 14 pontos de vantagem sobre Dilma em seu estado.
O Instituto Veritá é aquele mesmo que, em pesquisa divulgada no dia 9 de outubro, disse que o tucano tinha 9,6 pontos de vantagem sobre Dilma, nacionalmente:
O Instituto Veritá foi desmentido pela sequencia de pesquisas Datafolha/Ibope/Vox Populi, que retratam empate técnico entre os dois candidatos ao Planalto.
No debate da Band o candidato tucano já havia dito que, na soma de todos os votos dados em Minas Gerais no primeiro turno, Dilma havia sido derrotada.
O que Aécio escondeu, obviamente, é que o candidato dele ao governo mineiro foi derrotado em primeiro turno, depois de 12 anos da dupla Aécio Neves/Antonio Anastasia no poder.
Hoje, a propaganda tucana insistiu que, ao deixar o governo, Aécio tinha 92% de aprovação popular em Minas.
Já no rádio, ênfase dada ao fato de que Aécio conseguiu eleger Antonio Anastasia como senador por Minas Gerais.
Mais uma vez, a derrota de Pimenta da Veiga (PDSB) para Fernando Pimentel (PT) foi varrida para debaixo do tapete.
Por que tanta insistência em usar meias verdades para defender-se da derrota mineira?
Só existe uma explicação: a campanha de Dilma, centrada em Minas, está fazendo efeito.
Embora os números das pesquisas mais recentes do Datafolha e do Ibope permaneçam basicamente inalterados, outros dados podem ter ajudado a acender o sinal de alerta entre os tucanos.
Eles se referem às taxas de aprovação do governo Dilma e da presidenta.
Já se tornou um bordão: pesquisas são apenas fotografias do momento.
Porém, está claro que, se Dilma entrou na campanha do segundo turno na defensiva, com Aécio Neves em ascensão, existem sinais sólidos de que ela tem chances de virar o jogo nos próximos dez dias.