Igarapé-Miri: mortes custavam até R$ 5 mil, diz promotoria
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Igarapé-Miri: mortes custavam até R$ 5 mil, diz promotoria


'As execuções eram pagas e custavam entre dois e cinco mil reais', afirmou ao portal ORM News o promotor de justiça Nelson Medrado, do Ministério Público Estadual, que investiga a existência de um grupo de extermínio em Igarapé-Miri, nordeste paraense, cujo prefeito da cidade, Ailson Santa Maria do Amaral, é acusado de comandar. A revelação foi feita nesta quinta-feira (18), três dias depois da prisão do prefeito, do secretário de obras Ruzol Gonçalves e seus dois filhos, além de outras seis pessoas - incluindo quatro policiais militares - acusados de integrar o grupo. Outros dois integrantes, que têm mandado de prisão expedido pela justiça, ainda estão sendo procurados. De acordo com o Ministério Público, eles também seriam policiais militares ou ex-policiais. O prefeito também é acusado de outros crimes. Ele teria deixado de pagar mais de R$ 800 mil à empresa que fornecia medicamentos e equipamentos médicos ao órgão público.

De acordo com as investigações do Ministério Público, o grupo foi formado no início da administração de Alison Amaral. 'O que consta é que, durante a campanha, ele teria dito que se assumisse a Prefeitura iria acabar com a bandidagem e teria organizado esse grupo, contando inclusive com pessoas dele para isso. Mas no curso começaram a morrer inocentes e esse grupo também seria usado para amedrontar e ameaçar inimigos políticos e adversários', disse Medrado.

Ainda segundo as investigações, o secretário de obras, Ruzol Gonçalves, seria o intermediário entre o prefeito e o grupo de extermínio. 'Ele inclusive entrou com pedido de prisão domiciliar, alegando que é cardíaco', revelou o promotor.

Ao grupo são atribuídos 13 homicídios ocorridos na cidade, mas o Ministério Público acredita que haja muito mais. 'Morreu muito mais gente, mas só conseguimos vincular a ele esse número. Há casos em que as mortes foram ditas como resultado de brigas de gangue, que testemunhas afirmam que foram execuções. Isso a Divisão de Homicídios vai investigar para tentar chegar ao número correto', comenta.

O promotor de justiça também acredita que a própria população pode contribuir com as investigações, procurando a polícia ou o Ministério Público para denunciar esses casos. 'Ontem mesmo uma senhora procurou a promotoria de Igarapé-Miri denunciando que o filho foi morto por esse grupo. Ela prestou depoimento e nós já estamos investigando', revela.

Sob o prefeito também pesam outras acusações, como a de prática de crimes contra a administração pública. Como parte dessa investigação, o promotor de justiça participou de uma diligência, na quarta-feira (17), para cumprimento de mandado de busca e apreensão na empresa MM Lobato, com sede em Belém, que tem um contrato com a prefeitura de Igarapé-Miri para o fornecimento de medicamentos e equipamentos médicos. 'O prefeito prestou conta no Tribunal de Contas do Estado como se tivesse pago a empresa, mas a empresa alega que não recebeu o pagamento por esse fornecimento', explicou o promotor. O valor do contrato está orçado em R$ 800 mil.

Durante a operação na empresa foram apreendidos recibos e outros documentos referentes a esse contrato. 'Apreendemos cópias dessas notas de fornecimento de medicamentos para checar o que foi pago e para conferir com o que o Prefeito disse que pagou', finaliza Medrado.

A reportagem tenta contato com o advogado do Prefeito de Igarapé-Miri.

Fonte: ORM




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