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Inadimplência de pessoa física volta a crescer no mês de julho
Dívidas (Foto: Reprodução) A taxa de inadimplência das pessoas físicas, nos empréstimos bancários com recursos livres (sem contar crédito rural e habitacional), voltou a subir em julho deste ano, informou o Banco Central nesta terça-feira (26).
A inadimplência nas operações bancárias das pessoas físicas subiu de 6,5% em junho para 6,6% no mês passado. Trata-se do maior patamar desde maio deste ano, quando estava em 6,7%.
Já a taxa de inadimplência das operações dos bancos com as empresas, ainda no segmento com recursos livres, também subiu em julho deste ano, quando atingiu 3,5%. Em junho, estava em 3,4%.
Este é o maior patamar desde maio do ano passado, quando estava em 3,7%.
Considerando a taxa total de inadimplência, que engloba operações com as pessoas físicas e empresas, ainda nas operações com recursos livres, houve alta de 4,8% em junho para 4,9% em julho ? maior nível desde maio deste ano (5%). Nesse caso, não são considerados créditos habitacional e rural e as operações do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Medidas de estímulo ao crédito
O aumento da taxa de inadimplência das famílias e das empresas acontece em um momento no qual o governo anunciou medidas de estímulo ao crédito - para tentar ajudar o crescimento da economia brasileira, que vem registrando baixos níveis neste ano.
Na semana passada, o Banco Central duas medidas que vão liberar cerca de R$ 25 bilhões para os bancos emprestarem aos seus clientes. Em julho, a autoridade monetária já havia liberado R$ 45 bilhões para os bancos emprestarem. Além disso, o Ministério da Fazenda também anunciou medidas para medidas para facilitar a compra de imóveis financiados, além da concessão do crédito consignado para trabalhadores do setor privado e para retomada de garantias ? como automóveis e caminhões ? pelos bancos, em caso de inadimplência.
Proteste recomenda cautela
A Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste) recomendou que as pessoas pensem duas vezes antes de adquirir um novo empréstimo. "As instituições financeiras poderão retomar mais facilmente os bens financiados. Devemos ter em mente a situação do tomador de crédito hoje, que já se encontra endividado e para um cenário de juros elevados não tem para onde correr", avaliou a entidade.
Fonte: globo.com
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