Geral
Inflação: sinais de perigo - EDITORIAL CORREIO BRAZILIENSE
CORREIO BRAZILIENSE - 11/01
A inflação de 2013, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), atropelou a maioria das previsões oficiais e de mercado, ao fechar os 12 meses em 5,91%. Fez mais do que isso: deixou acesos sinais de alerta para as contas de 2014.
E, desta vez, desmontou a impressão do governo de que o "mercado" e os analistas financeiros são conspiradores de plantão, que se comprazem em fazer "guerra psicológica" para tirar vantagem da alta dos juros. O mercado "trabalhava" com a expectativa quase unânime de um IPCA de 5,74%, mais baixo até do que o índice esperado pelo governo. Depois de jogar a toalha quanto ao centro da meta (4,5%), a equipe econômica, incluindo o Banco Central, vinha dando sinais de que ficaria satisfeita se a inflação de 2013 empatasse com a do ano anterior: 5,84%. Ambos, o mercado e o governo erraram. O que houve?
Submetidos a lentes mais grossas e livres de coloração partidária, os números do IPCA, divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelam que a alta da inflação em 2013 teria sido pior se o governo não tivesse contido artificialmente os preços controlados direta ou indiretamente pelo poder público.
Todos se lembram dos históricos R$ 0,20 que seriam usados para elevar as tarifas do transporte coletivo nas grandes cidades e foram derrubados pelas manifestações de rua. Adiados, deixaram de pesar no custo de vida em 2013. Não dá para esquecer também que o governo segurou o preço da gasolina e só liberou um reajuste parcial no fim do ano. Tarifas de energia elétrica foram igualmente contidas.
O resultado é que, dos sete grupos de preços, os que menos subiram foram os relacionados à habitação (onde está a eletricidade), que ficou em 3,40%; e transporte, com 3,29%, ambos bem abaixo da média de 5,91% do IPCA. Enquanto isso, os preços dos alimentos subiram 8,48%; os de despesas pessoais, 8,39%; os gastos com educação, 7,94%; e os da saúde, 6,95%.
Ou seja, os preços livres avançaram muito em 2013 e podem ter sinalizado quanto ficou represado na inflação em geral. Esse é, aliás, um dos alertas: além dos ajustes por causa do salário mínimo e da repercussão em cadeia ainda a ser sentida pelo aumento dos combustíveis, há inflação contida artificialmente (inclusive por desonerações fiscais) que, de algum modo, terá de aparecer, cedo ou tarde.
A lição que se espera tenha sido aprendida é que ataques pontuais e voluntariosos sobre preços localizados são como analgésicos: aliviam a dor, mas não eliminam o mal. Também se espera que o governo continue mantendo distância das estravagâncias argentinas, que levaram aquele país ao desatino de tentar controlar preços livres, como os de alimentos, o que termina em desabastecimento e mais inflação (a última: os hermanos estão pensando em comprar tomates do Brasil). Melhor será fazer o dever de casa: mais controle do gasto público (fator de pressão sobre preços), mais moderação nos estímulos ao consumo e mais trabalho para aumentar a produção (oferta).
-
Custo Da Energia Elétrica Aumenta 60% Em 12 Meses
O custo da energia elétrica acumula inflação de 60,42% no período de 12 meses, segundo dados de março do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgados hoje (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ao...
-
Inflação: Uma Guerra Perdida - Editorial Correio Braziliense
CORREIO BRAZILIENSE - 07/11 A semana termina com a dura constatação de que o governo, incluindo o Banco Central (BC) - autoridade encarregada de zelar pela preservação do valor da moeda nacional - perdeu de vez a guerra para a inflação deste e do...
-
Inflação Segue Preocupante - Editorial Correio Braziliense
CORREIO BRAZILIENSE - 08/11Em meio a uma sequência de más notícias, que desde a semana passada vem desmentindo o discurso oficial de que o governo tem o controle da política econômica do país, a inflação de outubro, medida pelo Índice de Preços...
-
A Inflação Perde Força - Celso Ming
O Estado de S.Paulo - 20/07 A inflação deu sinais fortes de desaceleração. A evolução do Índice de Preços ao Consumidor Amplo do dia 15 (IPCA-15), divulgado ontem, mostrou perda de força nos preços, fator que pode dar algum alento à combalida...
-
Inflação Oficial Fica Em 0,01% Em Julho
real (Foto: Arquivo) A inflação oficial do país, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) desacelerou de junho para julho, passando de 0,4% para 0,01%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa...
Geral