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INTERNACIONAL: Fracassa o lançamento do foguete da Coréia do Norte
A Coreia do Norte reconheceu que o foguete de longo alcance Unha-3, que lançou nesta sexta-feira (13) desde a base de Tongchang-ri, no norte do país, não alcançou seu objetivo de pôr um satélite em órbita.
Segundo a televisão estatal norte-coreana, a "KCTV", o satélite "não entrou em órbita", e cientistas, técnicos e especialistas norte-coreanos "averiguam neste momento o motivo do fracasso".
Trata-se da primeira vez em que o regime comunista reconhece o fracasso em sua tentativa de lançar um satélite ao espaço.
A Coreia do Norte definiu como um sucesso seus dois lançamentos anteriores, em 1998 e 2009, apesar de especialistas internacionais terem assegurado então que os satélites norte-coreanos nunca chegaram a entrar em órbita.
Após o lançamento, que aconteceu às 7h38 locais (19h38 de Brasília), Estados Unidos, Coreia do Sul e Japão asseguraram que o lançamento fracassara depois de o projétil ter se precipitado no Mar Amarelo pouco mais de um minuto após sua partida.
Segundo estes países, o foguete de 91 toneladas e 30 metros de comprimento teria caído na água a cerca de 150 quilômetros da cidade portuária sul-coreana de Gunsan, depois de sofrer um problema quando a primeira parte deveria separar-se do restante da estrutura.
Uma autoridade militar sul-coreana explicou que o foguete se desmembrou em cerca de 20 pedaços após alcançar uma altitude máxima aproximada de 151 quilômetros.
O governo da Coreia do Sul qualificou o lançamento como "uma provocação" que viola a resolução 1874 da ONU, que exige a renúncia de Pyongyang a todos os testes que utilizem tecnologia de mísseis balísticos.
G8
Os ministros das Relações Exteriores do Grupo dos Oito (G8, que reúne as sete nações mais industrializadas do mundo mais a Rússia) emitiram nesta quinta-feira (12) um comunicado no qual condenam o lançamento de um foguete norte-coreano e pediram uma "resposta apropriada" do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Segundo os diplomatas, "o lançamento mina a paz regional e a estabilidade".
"Estamos prontos para considerar medidas para responder a todas as atividades da República Popular de Coreia que violarem as resoluções do Conselho de Segurança da ONU e pedimos uma resposta apropriada do Conselho de Segurança", indica o comunicado.
Os ministros, que nesta quinta-feira encerraram uma reunião de dois dias em Washington, pediram à Coreia do Norte que "se abstenha de novos lançamentos com o uso de tecnologia de mísseis balísticos e de outras ações que agravem a situação na Península da Coreia".
Segundo o comunicado pactuado pelo G8, o lançamento norte-coreano é uma violação das resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas 1695, 1718 e 1874, que tentam limitar o desenvolvimento armamentista e testes de mísseis balísticos norte-coreanos.
Apesar de a Coreia do Norte ter assegurado que o lançamento de seu foguete teria como fim pôr um satélite em órbita, Estados Unidos e Japão consideram esta ação uma tentativa de mascarar o teste de um míssil.
O G8 pede ao regime de Pyongyang que "abandone seus existentes programas nucleares e de mísseis balísticos de maneira completa, verificável e irreversível", assim como os trabalhos de enriquecimento de urânio.
O grupo pede ainda que a Coreia do Norte se atenha aos compromissos adotados nas conversas de seis lados, das quais participam também Coreia do Sul, Japão, EUA, China e Rússia para pôr fim a seu programa nuclear e que estão estagnadas desde o fim de 2008.
CHINA
O governo chinês voltou a pedir "calma" à comunidade internacional nesta sexta-feira após o fracassado lançamento do míssil de longo alcance produzido por Pyongyang e chamou todas as partes a trabalharem pela paz e a estabilidade da região.
"Dadas as circunstâncias atuais, qualquer decisão deve ter o objetivo de garantir a paz e a estabilidade do leste asiático e da península norte-coreana", disse hoje o porta-voz da Chancelaria chinesa, Liu Weimin, em entrevista coletiva em Pequim.
As declarações faziam referência às possíveis sanções contra o regime de Pyongyang que o Conselho de Segurança da ONU decidirá em reunião de emergência nas próximas horas.
Liu evitou responder se a China acredita no "verdadeiro fracasso do teste", e, sem modificar em nada a postura do Governo de Pequim nas últimas semanas, manteve o discurso de "calma" com relação à Coreia do Norte.
| Editoria de arte/Folhapress | |
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