Janot livra Aécio da Lava-Jato
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Janot livra Aécio da Lava-Jato


Do Jornal GGN:

O Procurador-geral da República entendeu que não existem elementos que justifiquem investigar o presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, citado em delação do doleiro Alberto Youssef.

A lista de Janot, enviada no começo da noite de ontem, terça-feira, ao Supremo Tribunal Federal (STF) pede o arquivamento de investigação envolvendo o senador por Minas Gerais e candidato derrotado à presidência da República nas últimas eleições.

O nome do tucano veio à baila no depoimento do doleiro Alberto Youssef, mas a Procuradoria entendeu que as informações ali contidas não são suficientes para que ele seja investigado, por isso sugeriu ao ministro Teori Zavascki o arquivamento da denúncia. No entanto, ainda não se sabe o teor da citação envolvendo o tucano ou mesmo se ele recebeu propina.

A solicitação de Janot corre sob sigilo de Justiça e será analisada pelo ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no STF.

O caso

Alberto Youssef, o doleiro delator, citou o envolvimento de irmã de Aécio em esquema de propina de Furnas e disse também que o PSDB tinha uma diretoria na estatal, mas não detalhou o equema, e por isso Janot pediu arquivamento.

O Estadão teve acesso ao depoimento que corre em sigilo de Justiça, onde Youssef afirmou “ter conhecimento” de que o senador Aécio Neves, do PSDB, na época em que era deputado federal, estaria recebendo recursos desviados de Furnas “através de sua irmã”.

Janot entendeu que as informações reunidas não são suficientes para proceder a investigação, sugerindo então o arquivamento da denúncia ao ministro Teori Zavascki.

O termo de colaboração número 20, das confissões de Youssef no fim do ano passado, tem como mote Furnas e o recebimento de propina pelo Partido Progressista e pelo PSDB. Além de Aécio, foram citados o ex-deputado José Janene (do PP, morto em 2009) e o executivo Airton Daré, sócio da empresa Bauruense que foi prestadora de serviços para Furnas.

Youssef disse que recolheu dinheiro de propina na empresa, cerca de dez vezes. Em uma delas o repasse não foi feito integralmente e faltavam R$ 4 milhões. Youssef afirmou, segundo o depoimento secreto a que o Estadão teve acesso, ter sido informado de que “alguém do PSDB” já havia coletado a quantia pendente.

Aos procuradores, o doleiro delator declarou não ter conhecimento de qual parlamentar havia retirado a comissão, mas afirmou que o então deputado federal Aécio Neves teria influência sobre a diretoria de Furnas e que estaria recebendo o recurso através de “sua irmã”, segundo o texto literal da delação a que o Estadão teve acesso. Na delação não foi especificado qual das duas irmãs do senador o doleiro se referia e também disse “não saber como teria sido implementado o 'comissionamento' de Aécio Neves”.

No depoimento de delação, o doleiro descreve que de 1994 a 2001 o PSDB era responsável pela diretoria de Furnas. Disse ainda que recebia o dinheiro de José Janene nas cidades paulistas de Bauru e de São Paulo e mandava o valor para Londrina ou Brasília.

Segundo apurado, o doleiro declarou que os diretores da Bauruense poderiam fornecer mais informações sobre os diretores de Furnas e disse ao MPF ter conhecimento de que há um inquérito sobre a empresa de Bauru no STF.

Aécio, por seu turno, disse não ter conhecimento sobre o teor da acusação contra ele e que o arquivamento é “uma homenagem” da PGR.




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