Na noite desta sexta-feira (24), militantes da União da Juventude Socialista (UJS) realizaram uma manifestação pacífica diante da sede da Editora Abril, na capital paulista. O objetivo do ato foi protestar contra a mais nova tentativa golpista da revista Veja, que acusou de forma criminosa e leviana a presidente Dilma e o ex-presidente Lula no caso da Petrobras. Os jovens estenderam uma faixa no portão da empresa - "A Veja mente" -, picaram e jogaram no lixo exemplares do panfleto e, do alto de um caminhão de som, fizeram pronunciamentos contra a farsa montada pela publicação a três dias do segundo turno da eleição presidencial.
Aos gritos de "Veja, golpista, mentirosa e fascista", os jovens também conversaram com funcionários da empresa e transeuntes, sendo bem recebidos. Para Renan Alencar, presidente nacional da UJS, o ato foi uma forma de expressar indignação e revolta diante das costumeiras manipulações da Veja. "Essa revista contribuiu, de maneira decisiva, para a eleição de Fernando Collor e deu sustentação política e ideológica para o governo neoliberal de Fernando Henrique Cardoso”.
Após o protesto, quando os jovens já se dispersavam, três ativistas foram detidos de forma arbitrária por soldados da PM. O caminhão de som também foi retido. Os jovens foram encaminhados para a 14ª Delegacia de Policia de Pinheiros. Ao telefone, Renan Alencar repudiou as prisões e informou que advogados já estão no local para garantir a integridade física dos ativistas e sua imediata soltura. "A ação da polícia foi absurda. O ato foi pacífico e já tinha terminado. Não existe motivo para esta truculência contra a liberdade de expressão e de manifestação".
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