Laranjal do Jari em foco
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Laranjal do Jari em foco



                                                    Laranjal do Jari em foco
O município de Laranjal do Jari no Estado do Amapá poderia ser só mais um município desse nosso Brasil, se não fossem as peculiaridades que envolvem sua criação e desenvolvimento. Seu surgimento deve-se ao Projeto Jari, aquele idealizado pelo bilionário e megalomaníaco Daniel Ludwic, que sonhou em substituir a floresta natural por uma floresta de gmelina, na intenção de torna-se o maior produtor e exportador de celulose, arroz,carne suína e bovina do mundo. Porém tudo não passou de um sonho, ilusão ou mania de grandeza de Ludwic, que no máximo consegui exportar celulose.
É nesse contexto que começa a história de Laranjal do Jari ou vulgarmente Beiradão como ficou conhecida. Sabe-se que na implantação de um grande projeto econômico, temos as consequências boas e ruins , digamos que as boas consequência foram um certo desenvolvimento para a região, a criação do distrito de Monte Dourado, muito bem planejado no estilo norte americano de ser, maior oportunidade de empregos e a migração. Porém os impactos inevitavelmente também ficaram como a poluição do saudoso Rio Jari, devastação da floresta natural, poluição do ar e finalmente a que foi considerada a maior favela fluvial do mundo pela revista Veja o município de Laranjal do Jari.
Construído sobre palafitas a margem esquerda do Rio Jari, sem qualquer tipo de planejamento ou assistência de governo algum e totalmente contra a vontade dos administradores do Projeto Jari, que tentaram de tudo ,inclusive chegaram a derrubar as primeiras casas para evitar o crescimento desordenado da vila e mesmo assim, nada adiantou, a necessidade do povo foi mais forte e resistiu a toda e qualquer forma de opressão contrária a construção da Vila do Beiradão, primeiro nome dado ao  então município de Laranjal do Jari.  E em 17 de dezembro de 1987,  constituiu-se como município de fato e de direito e hoje conta com uma população de quase 50 mil pessoas distribuídas  na parte baixa da cidade o chamado Beiradão e na parte alta.
Porém enchentes, incêndios são uma constante na vida dos habitantes da cidade baixa, as enchentes principalmente já que a cidade baixa se constituiu na margem do rio e naturalmente o nível da água se eleva, pois é o curso normal da natureza e as pessoas que insistentemente continuam morando nesta  áreas estão sujeitas as enchentes, no entanto a maior enchente que se tem notícia em Laranjal do Jari foi a do ano 2000, onde o chamado Beiradão ficou submerso por quase três meses. Os incêndios também acontecem e geralmente são devastadores devido as palafitas serem de madeiras e estarem muito próximas uma das outras. O último grande incêndio ocorrido em 2008, atingiu mais a área comercial. O curioso de tudo isso é o  fato de que sempre se cria um novo bairro em Laranjal do Jari para abrigar as pessoas que são vítimas de tais fatalidade, porém as autoridades e governantes simplesmente dão as novas casas  e não criam condições para que essas pessoas possam permanecer neste espaço, como transporte, escolas, saneamento básico e etc... E por conta de toda essa problemática acabam voltando para as áreas de risco, devido a facilidades  de acesso a escola, transportes e o comércio. Mesmo sabendo que  estão sujeitos aos fenômenos da natureza  como enchentes e tantas outras insalubridades pertinente a periferia de pequenas cidades sem qualquer tipo de planejamento urbano e habitadas por pessoas de baixa renda. Percebo que precisa-se  fazer um trabalho de sensibilização com essa população e claro colocá-los em um novo local com as condições adequadas e mínimas para que possam viver dignamente.
E em 2011, mais uma vez parte dos bairros da cidade baixa estão sofrendo com  enchente, mais de 2700 pessoas tiveram que deixar suas palafitas e viver em abrigos públicos improvisados ou ir para casa de familiares na cidade alta no intuito de fugir da forte água do Rio Jari. Percebi que de uns três anos para cá, as enchentes no Vale do Jari  estão ficando mais recorrente, antes ocorriam de 8 a 10 anos ,  agora os intervalos são menores cerca de 3 anos, o intervalo da última para qual estão vivendo neste ano foi de 2 anos, uma situação alarmante e que requer imediata providencia.  Acredita-se que possa ser em virtude das mudanças climáticas, da degradação do meio ambiente ou até mesmo os impactos ambientais comum a aplicação de um grande projeto como o Projeto Jari? As perguntas que deixo na rede para debate são: Até quando a cidade baixa estará sujeita as enchentes? E as autoridades o que pretendem fazer para acabar  ou minimizar com o tormento vivido por essas pessoas? Não estará se constituindo a indústria da enchente/incêndio ou calamidade pública em Laranjal do Jari? Quem está se beneficiando com toda essa emblemática social?

 By Wanda Borges
                         



                        




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