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Livro desvenda os crimes da imprensa
Release da Plena Editorial:Crime de Imprensa é o primeiro livro a mostrar, na história das eleições, como se comporta a mídia corporativa antipopular e atrelada a interesses que não coincidem com a vontade do nosso povo. Uma mídia que não hesita em usar os mesmos métodos do inescrupuloso magnata das comunicações Rudolph Murdoch. Em tom de sátira, os autores transmitem a perplexidade das pessoas lúcidas deste País não só com a cobertura jornalística falsamente “isenta” das campanhas eleitorais, mas também com a posição dos grandes veículos de comunicação diante de outros episódios da vida brasileira.
AutoresOs autores de Crime de Imprensa [Palmério Dória e Mylton Severiano] se conheceram no início da década de 1970 ao colaborar num número especial sobre Amazônia para Realidade, da Editora Abril -– o paraense de Santarém Palmério Dória como repórter; e o paulista de Marília Mylton Severiano, o Myltainho, como editor de texto, função que já havia exercido ali ao participar da equipe fundadora daquela revista mensal que virou “cult”.
Ficaram amigos nas redações da família Mesquita, Palmério no Estadão, Myltainho no Jornal da Tarde. Juntos, formando “dupla de criação”, ou separados, passaram por inúmeras outras redações, dentre elas TV Cultura, O Bondinho (bimensal de contracultura), Rede Globo, Aqui São Paulo (semanário de política e comportamento), TV Record, Canja (semanário dedicado à MPB), Folha de S. Paulo, Interview, Extra-Realidade Brasileira (série de livros-reportagem), e o mensário ex- (único a publicar reportagem sobre a morte do jornalista Vladimir Herzog, hoje nome de prêmio para quem defende os direitos humanos).
Por coincidência, um trabalho de que se orgulham deu-se justamente em Londrina (1974-1975). Estavam na equipe que, a convite de Paulo Pimentel, criou Panorama, sob a direção de Narciso Kalili, Délio Cezar e Nacib Jabur. A turma pretendia tocar um diário que rivalizasse com Estadão e Jornal do Brasil, então mais importantes periódicos do país. A intenção foi frustrada por razões alheias à vontade do grupo, formado por profissionais de fora e da cidade –- os locais em sua maioria jovens que se tornariam grandes nomes do jornalismo e da cultura paranaenses.
Crime de Imprensa é o segundo volume de uma trilogia dedicada a expor mazelas do comportamento brasileiro (o terceiro está em preparo). O primeiro, Honoráveis Bandidos, “um retrato do Brasil na Era Sarney”, tornou-se inédito sucesso do jornalismo político: vendeu mais de 100 mil exemplares só nos três primeiros meses após o lançamento (setembro de 2009, Geração Editorial); Crime de Imprensa, pela editora Plena, mostra agora como boa parte dos empresários da mídia usa seus veículos mais como pontas-de-lança para fazer negócios do que para defender os interesses de nossa gente.
Diziam os latinos que o riso corrige os costumes. Os dois jornalistas não perdem o bom humor e, amparados em fatos, não mais que fatos, da narrativa fazem divertido meio para você se informar melhor sobre bandalheiras midiáticas nacionais. Eis como um crime pode compensar: Crime de Imprensa, o livro.
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