LOLINHA PRODÍGIO
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LOLINHA PRODÍGIO


Euzinha quando criança.

Comecei a escrever um pouco tarde, com sete anos (acho que as crianças de hoje são alfabetizadas antes). Mas, desde que comecei, não parei mais. Aos sete já tinha um livro em branco que eu preenchia com desenhos e poesias. Como, por exemplo, esta:

Eu imagino coisas,

lindas, más, e feias.

A minha imaginação é diferente.

No amor, na guerra, e na paz.

Sou poeta,

eu sou, sim.

Ser poeta é imaginar coisas.

É gostar de amar o outro.

Mas ser tão bonita quanto eu

ninguém mais é.”

Eu já me achava a última bolacha do pacote aos oito anos. Sou precoce.

Genial que eu era, não me contentava apenas em escrever poemas. Tinha também que redigir tratados de como poemas deveriam ser feitos. Todos os erros no texto que segue são sic, do original - que eu podia ser uma artista plena aos oito anos, mas ainda não dominava totalmente a língua portuguesa:

Dicas e erros para os poetas.

Bem, isso não é uma poesia, mas eu resolvi escrever o que eu acho e o que eu não acho de algumas poesias. Mas antes, eu vou esplicar as palavras e frases que eu escrevo nas minhas poesias. Poesia é imaginação, é beleza e libertade de fazer o que quer e o que acha. Ser poeta é muito simples, aliais, simples demais. Ser poeta é se arriscar em tudo que deve, e imaginar coisas belas. Poeta, profissão bastante facil para quem quer. Sendo poeta, você consegue muitas coisas que os outros não conseguem, e consegue tambem muitas coisas que não quer. Garcia Lorca era um poeta maravilhoso, que não queria morrer, foi morto. Eu conheco muitos poetas, gosto muito deles, mas o que eu mas gosto é o Garcia Lorca. Cecilia Meireles, Vinicius de Morais, Manuel Bandeira e outros poetas, tambem eram muito legais. Você pode, um dia, tornarse poeta. Mas para isso, presisa fazer isso que esta escrito aqui.”Mandona, eu? E isso vindo de uma menininha que escrevia “explicar” com s e que já na infância achava que tinha uma profissão. Só que minha autoridade como poeta-mirim era grande demais pra ficar guardada num livro. Portanto, eu também narrava experiências como esta:

Meu pai, um dia, quando estava tomando banho, falou com migo de uma forma que não suporto. Briguei com ele. Me fes uma ameaça mentirosa: - Lola, se você não se comportar, eu te pinduro pelos cabelos para o sol te quemar. Sabia que era uma mentira, mas para acalmalo sem falar palavroes ou coisas feias, e como sou poeta, falei: O sol não obedece a violencia.

Nada como uma poesia para acalmar alguem, pelo menos meu pai.”

Que bom que eu era poeta, certo? Porque senão, a julgar pelo relato, eu responderia ao meu pai com palavrões! É, eu não devia ser uma menina muito fácil.





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