LONDRES 2012: Quedas brasileiras, declínio chinês e até neonazismo marcam 10º dia

Pela primeira vez, os Estados Unidos assumiram a liderança do quadro de medalhas no lugar da China, campeã --disparada, com 12 ouros a mais-- em Pequim-2008. E a honra, que chegou a ser experimentada pelo Brasil logo no primeiro dia com pódios (graças à judoca Sarah Menezes ), passa necessariamente pelo principal astro e pela nova revelação da natação norte-americana. Michael Phelps, 27, ganhou a sua terceira dourada, nada menos que a 21ª medalha olímpica da carreira, nos 100 m borboleta. Não bastasse, o terceiro título consecutivo de uma mesma prova dos Jogos, algo inédito entre homens da modalidade, e pela segunda vez. Enquanto isso, Melina 'Missy' Franklin, 17, faturou o seu terceiro ouro, com direito a novo recorde mundial dos 200 m costas, para alegria do Colorado, onde mora --e palco de massacre durante a exibição do novo "Batman", com 12 mortos e 70 feridos, às vésperas do início do evento. Missy já deixou para trás, inclusive, a chinesa Ye Shiwen, 16, alvo de tantos questionamentos da imprensa britânica e dos EUA, que a acusaram de vencer duas provas dopada... Assim, o país asiático agora ostenta 20 ouros e 42 medalhas no total, contra 21 e 43, respectivamente, dos EUA.

                                                                                                                                                                     O FIASCO

Se o bronze do judoca Rafael Silva foi comemorado pela manhã, isso esteve longe de acontecer com o do nadador Cesar Cielo --responsável pela sexta medalha brasileira em Londres-- à tarde. Silva, 25 anos e 168 kg (o mais pesado da delegação nacional), surpreendeu e virou o primeiro medalhista do país na categoria acima de 100 kg. Não à toa, "Baby" (seu apelido) comemorou bastante. Já Cielo, 25, era o maior favorito dos 50 m livre. Não à toa, imagens de TV flagraram seus próprios pais frustrados no local; no pódio, ele se limitou a dar um sorriso amarelo. Mas fracasso mesmo envolveu a seleção feminina de basquete, derrotada pela quarta vez em quatro partidas, desta vez para fregueses históricas, já sendo eliminada do torneio olímpico e "coroando" uma preparação marcada pelo polêmico corte de sua melhor jogadora, Iziane. Para completar, a sexta também viu a desclassificação da equipe feminina de futebol, armagando o seu pior resultado na história dos Jogos. Ao menos, a derrota nas quartas de final ocorreu contra as japonesas, atuais campeãs mundiais --o Brasil ainda perdeu no salto triplo, nos 400 m do atletismo, no arremesso de disco, no boxe, no hipismo, no judô feminino, nolevantamento de peso, nos saltos ornamentais, no tênis de mesa e em três provas na natação. Internacionalmente, o grande fracasso foi dos americanos Rogers e Dalhausser, donos do título em Pequim-2008, que deram adeus ainda nas oitavas do vôlei de praia.

FONTE: http://www1.folha.uol.com.br/esporte/1131565-quedas-brasileiras-declinio-chines-e-ate-neonazismo-marcam-10-dia.shtml

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