Madrid - 11 de Março. O horror.
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Madrid - 11 de Março. O horror.


11 Março 2004, em Madrid. O horror. Anunciado. Podia ser em Lisboa.
Novembro de 2003, carnificina em Istambul.
17 Maio 2003, carnificina em Casablanca.
19 de Agosto 2003, carnificina em Bagdad, contra a ONU, leva-nos o Sérgio e não só. E tantos, tantos mais, todos os dias até hoje.
Agosto de 2000 contra Embaixada das Filipinas em Jacarta. Setembro de 2000 contra Stock Exchange em Jacarta. 12 de Outubro 2002, em Bali, o frenesim deseperado à procura do nosso soldado Diogo Ribeirinho e dos outros que, felizmente, sobreviveram. E tantos, tantos mais ataques terroristas contra indonésios inocentes. Entrar nas lojas a desconfiar de toda a gente, a reparar em todos os sacos, e a repetir "para a frente, esta canalha não há-de levar a melhor".
11 de Setembro 2001 em Nova Iorque e Washington. Um murro no coração. A mudez durante dias.
Tantos, tantos ataques terroristas em Israel contra israelitas inocentes.
Política de terrorismo de Israel contra a Palestina e os oprimidos palestinos.
Agosto 1998 - Bombas contra as embaixadas americanas em Dar-es-Salam e Nairobi - o Tom a falar pela primeira vez no nome de Ossama Bin Laden...

A lista dos ataques terroristas que de algum modo mais me tocaram ou acompanhei intensamente pode triplicar se eu remontar às vezes que tive de sair do metro em Londres entre 1991 e 1994 por ameaça de bomba.
Talvez por isso não pare de me irritar com a insustentável leveza dos portugueses - os mais altos responsáveis incluídos - a alimentarem a ilusão de que estamos imunes, neste jardim à beira mar plantado.
Sobretudo depois do 11-M em Madrid. Sobretudo de se saber que a Al Qaeda tem no cimo da lista a vingança contra os cruzados do Andalus. Sobretudo depois das medidas tomadas durante o EURO-2004 sugerirem que o país é utilizado como território de recuo, apoio logístico e abastecimento (o que o pode poupar durante algum tempo, mas também o torna alvo mais fácil a qualquer momento).
Durante o desgoverno da direita de Durão e Lopes, apesar do discurso anti-terrorista, não se encorajou a coordenação, mas a rivalidade entre os serviços de inteligência, não se lhes deu os meios, nem o estímulo, para se credibilizarem devidamente junto dos congéneres estrangeiros - o que é essencial para uma prevenção minimamente eficaz.
Se a governação PS não agarra rapidamente o problema e põe a funcionar articuladamente polícias, militares, diplomatas, outros funcionários, serviços de protecção civil, etc... bem podemos continuar a encomendar-nos à Virgem do Portas. Aquela que terá desviado o "Prestige" das nossas costas.




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