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MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO
FOLHA DE SP - 20/02
Rede de lanchonetes abrirá unidades próprias nos Estados Unidos neste ano
A rede de fast food de comida italiana Spoleto entrará no mercado americano com lojas próprias. Ainda neste ano, serão abertas duas unidades em Orlando. Para 2015, deverão ser mais cinco.
A companhia já atua no exterior, mas com franquias. São 12 pontos no México e três na Costa Rica.
"Pelo menos os dez primeiros restaurantes serão nossos", diz Mario Chady, presidente do grupo Trigo, dono do Spoleto e das redes Domino's Pizza e Koni Store.
"Queremos entender o mercado e os riscos para depois sabermos como vamos acelerar o crescimento no país", acrescenta.
Orlando foi escolhida como porta de entrada da empresa não apenas por receber muitos turistas brasileiros, segundo Chady.
"É uma cidade típica americana e com logística favorável. A rota de acesso é fácil", afirma.
"A visão é atender o público americano, mas, de início, os brasileiros farão diferença. Eles devem levar amigos não-brasileiros e ajudar a popularizar a marca."
Além das lojas no exterior, outras 62 devem ser inauguradas no país até dezembro. A região Sudeste e o Distrito Federal, localidades onde a companhia já é mais forte, serão o foco da expansão.
"Apesar de instalarmos mais unidades neste ano que em 2013 [quando foram abertos 58 pontos], estamos cautelosos por causa do valor dos imóveis", diz Chady.
"O comércio pode desacelerar nos próximos meses e não sabemos se o aluguel vai seguir esse ritmo."
O Spoleto faturou R$ 387,7 milhões no ano passado --alta de 11,9% ante 2012.
Setor de embalagens prevê alta de 1,5% neste ano
Apesar de as projeções de que o câmbio neste ano favoreça a competitividade de produtos nacionais, a expectativa do setor de embalagens é ter um incremento de 1,5% em relação a 2013, segundo a Abre (entidade do setor).
"Assim como não tivemos reflexos da explosão do consumo, como tiveram outros setores da economia, não vamos nos retrair agora, que o crescimento do varejo deve ser menor que no ano anterior", afirma Maurício Groke, presidente da entidade.
A produção do segmento cresceu 1,4% em 2013, segundo o balanço da associação, feito em parceria com a FGV, que será divulgado na próxima semana, na CNI.
"Além de a capacidade produtiva estar bastante tomada, a importação tira o trabalho da indústria nacional, uma vez que os itens já chegam embalados no país", acrescenta o executivo.
O segmento alimentício, que é o principal consumidor de embalagens, foi o que mais importou, de acordo com Groke.
Em receita, a indústria fechou o ano com R$ 51,8 bilhões --11% a mais que em 2012, quando foram registrados R$ 46,7 bilhões.
Longe...
O escritório Silveira, Athias, Soriano de Mello, Guimarães, Pinheiro & Scaff Advogados abrirá sua primeira filial no exterior, nos EUA.
...de casa
A banca tem unidades no Pará, no Amazonas, no Amapá, em Rondônia, no Maranhão, em São Paulo, no Rio e em Brasília.
BANCA BRITÂNICA
O escritório global de advocacia Norton Rose Fulbright, de origem britânica, vai abrir uma unidade no Rio de Janeiro, a primeira no Brasil.
A banca irá atuar com demandas relacionadas ao direito inglês, americano e canadense --a legislação local proíbe que escritórios estrangeiros operem com temas do direito nacional.
"Vamos ajudar clientes estrangeiros e brasileiros que precisem de serviços com as leis internacionais. Não vamos competir com os escritórios brasileiros", diz Andrew Haynes, sócio e codiretor da empresa no Brasil.
Será a 55ª operação do grupo, a terceira na América Latina. As outras duas ficam em Caracas, na Venezuela, e em Bogotá, na Colômbia.
A empresa vai trabalhar no Brasil nos segmentos de minas e matérias-primas, fusões e aquisições, projetos e financiamento, aviação e transporte marítimo.
No país, a Norton Rose Fulbright já presta serviços para grandes companhias como Vale, Petrobras e TAM, além de instituições financeiras.
VENTO A FAVOR
A Engebasa, empresa de usinagem e equipamentos industriais localizada em Cubatão (SP), terá uma fábrica de torres eólicas no Rio Grande do Sul.
A planta ficará em Guaíba, na região metropolitana de Porto Alegre, e receberá aporte de R$ 76 milhões.
A unidade vai produzir 300 torres de aço por ano. Hoje, em Cubatão, o limite anual é de de aproximadamente 170 estruturas.
"Poderíamos ter produzido mais em 2013, mas perdemos muitas horas de trabalho por causa dos congestionamentos de caminhões [que se dirigem ao porto de Santos]", afirma José Quina Diogo, sócio e diretor-executivo da Engebasa.
A nova unidade permitirá à empresa, além de atender ao crescente mercado interno, fechar contratos de exportação. "Teremos possibilidade de fornecer para países do Cone Sul, principalmente Uruguai e Argentina."
A fábrica deve operar ainda neste ano. Do investimento total, 45% serão financiados por meio do BNDES.
FUNCIONÁRIO AFASTADO
Áustria, Alemanha, Bélgica e Dinamarca são os países europeus onde as empresas são as maiores responsáveis por pagar o salário de um funcionário afastado por problemas de saúde.
Levantamento da EIU (Economist Intelligence Unit) mostra que, nessas localidades, as companhias arcam com 100% da remuneração dos empregados que ficam ausentes por um mês.
Irlanda e Portugal estão no lado oposto. Neles, apenas funcionário e governo pagam as despesas do afastamento.
O panorama muda quando se consideram licenças médicas de um ano. Nessa condição, as holandesas ficam responsáveis pela maior parte do salário (69%).
Áustria e Itália ocupam as posições seguintes, com 15% e 13%, respectivamente. Bélgica, Alemanha e Dinamarca empatam com 12%.
A Noruega é o único país onde o trabalhador não precisa colaborar com nada. Na Suíça e no Reino Unido, é o governo que não auxilia.
Preparativos...
O Casa Grande Hotel Resort & SPA, no Guarujá, está investindo R$ 6 milhões em infraestrutura para receber a seleção da Bósnia durante a Copa do Mundo.
...para o Mundial O aporte inclui modernização de acomodações e treinamento de funcionários. A delegação, formada por 150 pessoas, chegará na cidade no início de junho.
Pé...
A Uatt?, rede de lojas de produtos para presentes, começará a atuar no exterior. A empresa venderá seus produtos para redes de varejo dos Estados Unidos, do Canadá, do México, da Colômbia e da Costa Rica.
...pra fora
A empresa operará com um centro de distribuição em Miami, de onde enviará suas mercadorias.
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