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MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO
FOLHA DE SP - 12/02
Empresa do setor imobiliário investe em shoppings no Norte e no Nordeste
A Partage, empresa de investimentos imobiliários acionista do laboratório Aché, investirá neste ano cerca de R$ 360 milhões em centros de compras no Norte e no Nordeste do país.
Serão aportados R$ 270 milhões na expansão de shopping centers em Natal (RN) e Campina Grande (PB), e na reforma de um empreendimento em Mossoró (RN).
Um dos principais investimentos será no Boulevard Campina Grande, que terá sua área dobrada, com 80 novas lojas e sete andares de estacionamento para 1.500 vagas.
A obra vai custar R$ 120 milhões e a expectativa é que o fluxo de visitantes cresça 35%.
O grupo também passa a ter controle acionário de 88% do Unique Shopping Parauapebas, no município homônimo, no Estado do Pará --o primeiro da Partage na região Norte do país.
"É uma cidade influente para seu entorno, que está crescendo muito devido à mina de Carajás, mas que não tem grandes empreendimentos como esse", afirma Ricardo Baptista, sócio do grupo.
Localizado na avenida principal de Parauapebas, o shopping possui 14.500 m² de área bruta locável (ABL), distribuídos em quatro lojas âncoras, três mega lojas, 126 pontos comerciais e quatro salas de cinema.
"Acreditamos tanto no potencial da cidade que compramos o terreno vizinho, pensando na expansão."
Com o terreno adquirido, há possibilidade de crescer mais 54 mil m². As aquisições movimentaram R$ 90 milhões em investimentos.
ENERGIA SEM DESPERDÍCIO
A Bolt, que trabalha com geração e venda de energia, vai investir R$ 45 milhões neste ano na área de eficiência energética, setor em que a empresa passou a atuar desde o final de 2013.
Os aportes serão feitos em projetos para redução de consumo de eletricidade e de água. Os alvos do grupo são grandes empresas e edifícios comerciais, como hotéis e shopping centers.
"Não descartamos a entrada em outros segmentos, como no agronegócio", diz Erico Evaristo, presidente da Bolt Comercializadora.
Nesse modelo de negócio, a companhia fica responsável por todo o investimento no projeto, como em equipamentos e na execução.
"Nós fazemos o aporte necessário e o cliente nos paga com a economia que terá."
A empresa conclui neste mês o primeiro trabalho na área, feito no sistema de refrigeração do hotel Transamérica, em São Paulo.
"Fizemos um investimento de R$ 3,5 milhões e firmamos um contrato em que ele [hotel] vai nos pagar durante cinco anos. A economia de energia proporcionada será de 40%", afirma.
R$ 962,5 milhões
é o faturamento projetado pela companhia para 2014
R$ 875 milhões
foi o faturamento do grupo no ano passado
SUBIDA RÁPIDA
A Melco do Brasil, empresa de elevadores da Mitsubishi Electric, investirá R$ 20,3 milhões no primeiro semestre deste ano em sua planta, em Guaíba (RS).
O aporte será destinado ao processo de transferência da tecnologia necessária para a produção de elevadores de alta velocidade --item ainda não fabricado pela companhia no país.
Para o próximo ano, a empresa planeja a ampliação da planta industrial --dos atuais 7.000 metros quadrados para 10 mil m2.
Não foi divulgado o valor que será injetado nas obras nem a futura capacidade de produção da fábrica. Hoje, a Melco produz entre 80 e 100 unidades por mês.
A companhia foi formada no país em setembro de 2013, quando a Mitsubishi Electric comprou, por R$ 52,7 milhões, mais de 80% da empresa gaúcha LGTECH.
A aquisição será formalizada em cerimônia hoje em Porto Alegre, na qual Kazuhiko Kojima assumirá o cargo de CEO.
13
são as plantas da Mitsubishi Electric em todo o mundo, incluindo a unidade brasileira
120 mil
é o número de funcionários da multinacional
Cresce chance de contratação em pequenas e microindústrias
O número de micro e pequenas indústrias que pretendem contratar funcionários subiu 14 pontos percentuais: passou de 13% em dezembro de 2013 para 27% no mês passado.
Esse é o maior patamar registrado desde março de 2013, mês em que a pesquisa começou a ser feita pelo Datafolha a pedido do Simpi (Sindicato da Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo).
"A única explicação possível é o aumento do dólar, que pode dar mais competitividade para as empresas e fazer com que elas ampliem seus quadros de funcionários", afirma Joseph Couri, presidente da entidade.
A expectativa em relação à situação da empresa também alcançou seu índice mais alto: 58% acreditam que suas condições irão melhorar no próximo mês. Menos de 10% dizem que deverá piorar e 28% afirmam que permanecerá como está.
Em dezembro do ano passado, 44% apostavam em uma situação melhor para a empresa, ainda segundo o levantamento.
Ao todo, foram entrevistados 307 industriais, sendo 64% deles de micro empresas (até nove funcionários).
CRÉDITO PARA ESTUDANTES
A Ideal Invest, responsável pelo Pravaler, programa de crédito universitário privado do país, acaba de captar R$ 84 milhões por meio de um Fidc (Fundo de Investimento em Direitos Creditórios).
Foi o maior volume de recursos levantados por meio desse instrumento pela companhia que concede e gerencia crédito educativo.
As emissões tiveram uma demanda de R$ 131 milhões, cerca de 30% maior do que a oferta, segundo a empresa.
O IFC (braço financeiro do Banco Mundial) e o Banco Itaú Unibanco estão entre os acionistas da empresa.
Compras... O governo de Minas Gerais receberá hoje uma delegação de dirigentes de Afeganistão, Paquistão, Nepal, Butão e Maldivas. O grupo conhecerá o sistema de compras adotado pela administração mineira.
...em Minas A visita técnica também terá a participação do Banco Mundial.
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