MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO
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FOLHA DE SP - 30/12

Empresa de auditoria abrirá unidades no interior do país no próximo ano
A empresa de auditoria e consultoria PwC (PricewaterhouseCoopers) pretende abrir dois ou três escritórios no país em 2014.

As inaugurações fazem parte do projeto de interiorização da companhia. Neste ano, foram instaladas unidades em Maringá (PR) e Goiânia.

Cidades das regiões Centro-Oeste, Sul e Nordeste estão em análise, segundo Fernando Alves, presidente da PwC.

"O município tem de ter uma base [de negócios] forte, caso contrário, podemos atuar remotamente", diz.

A PwC no Brasil fechou 2013 com 18 escritórios e cerca de 5.500 funcionários --1.400 a mais que em 2012.

Em 2014, o quadro de colaboradores deve ter nova expansão com a incorporação de dez sócios da Booz & Company, empresa que se fundiu com a PwC neste ano.

"Com a união, vamos melhorar nossa estrutura e ampliar a atuação em planejamento estratégico", diz Alves, sem comentar alterações que poderão ocorrer. Hoje, a companhia é mais forte na área operacional.

O segmento de auditoria, por sua vez, é responsável por 40% do faturamento. Esse ramo poderá ter seu crescimento acelerado com a entrada de novas empresas na Bolsa.

"Há indicativos de que 2014 poderá ser melhor em IPOs [oferta inicial de ações, na sigla em inglês]", diz.

"O Brasil tem mais de 6 milhões de empresas, nem 500 estão na CVM [Comissão de Valores Mobiliários]. Há um grande caminho a percorrer."

ANTES DA TOPADA
Com o cenário de grande incerteza na economia, um ano de eleições pela frente e mudanças no cenário americano, a McKinsey viu crescer nas empresas no Brasil a busca por aumento de produtividade e redução de custos.

"Por precaução, como se diz no sul de Minas, o pessoal está enfaixando o pé antes da topada", diz Vicente Assis, diretor da firma no país.

"Continuamos com trabalhos de estratégia, de crescimento, mas há a preocupação de estar mais preparado."

Há três anos, afirma, uma minoria dos trabalhos da consultoria eram focados em aumento de eficiência.

"Hoje representam cerca de 30%, com perspectiva de crescer." Os sócios, porém, seguem otimistas para 2014, diz. Ainda mais depois de um ano "espetacular para firma" --embora não tão bom quanto o anterior, reconhece.

"Em 2011 e 2012, o escritório do país foi um dos melhores do mundo." Entre os setores de maior demanda, destaca os de infraestrutura e saúde, além dos governos, que contrataram consultorias.

INJEÇÃO REFORÇADA
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, liberou na sexta-feira passada R$ 86,2 milhões para a aquisição de equipamentos para 142 novas UPAs (Unidades de Pronto-Atendimento).

Os recursos serão distribuídas em 137 municípios de 24 Estados. As unidades beneficiadas estão em fase final de construção, segundo a pasta.

Cada uma delas deverá receber entre R$ 600 mil e R$ 1 milhão, conforme a capacidade de atendimento.

As maiores unidades conseguem atender até 9.000 pessoas em um mês, conforme estimativa do ministério.

O número de UPAs em funcionamento no país aumentou 140% entre 2010 e 2013, ao completar 296 unidades.

Nesse período, o investimento federal alocado na construção e na ampliação de UPAs ultrapassou R$ 1 bilhão.

Para 2014, está prevista a construção de 20 UPAs apenas na cidade de São Paulo. Os recursos para a saúde destinados à capital do Estado subirão de cerca de R$ 21 milhões, previstos para 2013, para R$ 685 milhões.

O QUE EU ESTOU LENDO
Christian Hallot, embaixador da H.Stern

"A História do Mundo em 100 Objetos", de Neil MacGregor (ed. Intrínseca), é o livro que o porta-voz da joalheria H.Stern, Christian Hallot, tem à sua mesa. O embaixador da grife acabou de ler as cinco peças de "Ensaio sobre o Genius, por uma obra nem tão completa", de Rodrigo Moura (edição do autor). "O leitor escolhe o final", diz. "Pode ser diferente do imaginado pelo vizinho e já se sai com algo para falar com ele", ri.

NATAL EM BAIXA
A intenção de consumo entre os paulistanos ficou estável em dezembro, na comparação com o mês anterior, aponta a FecomercioSP.

O indicador permaneceu em 125,3 pontos pelo terceiro mês consecutivo --valores acima de cem significam que a população está satisfeita.

Na comparação com dezembro de 2012, o índice retraiu 11,4%.

Todos os itens analisados apresentaram baixa em relação ao mesmo mês do ano anterior. O acesso ao crédito (-18,4%) e a perspectiva profissional (-10,1%) estão entre as maiores quedas.




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