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MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO
FOLHA DE SP - 21/11
Com R$ 300 mi, grupo do Nordeste instala seu 11º shopping na região
Antes de concluir as obras de seu primeiro shopping center em Fortaleza, o grupo JCPM --um dos maiores do segmento no Nordeste-- planeja seu segundo empreendimento na cidade.
O novo projeto receberá R$ 300 milhões em investimentos e será instalado na região norte da capital do Ceará. A companhia calcula que outros R$ 150 milhões sejam injetados pelos lojistas.
Há pouco mais de um ano, a empresa começou a construir uma unidade na parte sul da cidade. Para esse shopping, foram destinados cerca de R$ 600 milhões.
Os dois empreendimentos não devem competir entre si, de acordo com o presidente do grupo, João Carlos Paes Mendonça.
"Cada um ficará em uma região. Fortaleza é uma cidade grande", afirma.
Apesar de Mendonça dizer que "faz shopping para todas as classes [sociais]", o projeto mais avançado está sendo instalado em um bairro com maior poder aquisitivo.
A JCPM não tem, por enquanto, planos de entrar em outros Estados do Nordeste.
"João Pessoal, Natal e Maceió estão bem servidas. Quase não tem mais espaço para novos shoppings. Teresina já fica muito longe. É até mais fácil ir para São Paulo de avião do que para lá, por causa das conexões."
O grupo também não tem intenção de instalar empreendimentos em São Paulo --onde é dona de 20% do Villa-Lobos e de 25% do Granja Vianna--, mas não descarta entrar como sócio em projetos já existentes.
PARCERIA PARA INVESTIMENTO
A Votorantim Asset Management vai lançar uma parceria estratégica para distribuir a investidores brasileiros fundos da Allianz Global Investors.
Sabine Bettzüche, diretora da Allianz, está no Brasil para anunciar o acordo inédito, celebrado anteontem, com a gestora de recursos do Banco Votorantim.
"Fomos escolhidos pela Allianz para fazermos a distribuição no Brasil de seus fundos para o mundo institucional, ou seja, os fundos de pensão, de previdência complementar fechada e aberta", afirma Robert Van Dijk, responsável pela área de "wealth management".
"Poderemos oferecer também os produtos da companhia a outros eventuais investidores, como family officers' e private banking", acrescenta.
Na América Latina, a companhia já atua na Colômbia, no Peru e no Chile.
"Acredito que haverá no país muito interesse em nossos produtos do segmento de ações", diz Bettzüche, sem informar números que a parceria envolve.
A companhia de 60 anos, que pertence à seguradora Allianz, tem ? 304 bilhões (aproximadamente R$ 935) sob sua gestão global.
Prazo prolongado
O prazo para apresentação de estudos conclusivos exigidos pela Anivsa para registro de novos medicamentos foi ampliado para casos excepcionais. A decisão foi tomada na terça-feira em reunião entre representantes do setor farmacêutico, Anvisa e Ministério da Saúde.
Até então, se a empresa não entregasse as pesquisas ainda na fase inicial da análise do registro, o pedido de era negado.
Os estudos poderão ser apresentados numa fase recursal. Assim, remédios que antes eram descartados do processo de registro poderão entrar no mercado.
SEM PRESSA
"Vamos entrar devagar", afirma Stephane Lemonnier, diretor da Maison Rochas, que veio ao Brasil para inaugurar, no shopping Pátio Higienópolis, em São Paulo, a primeira loja de moda "prêt-à-porter" masculina no país.
Lemonnier não define datas, mas, a depender da receptividade, a grife vê espaço para ter quatro lojas no país em cinco anos.
"Lentamente", arrisca em português. "Uma próxima loja poderá ocorrer em três anos. Ainda em São Paulo e possivelmente no Rio."
Nessa volta ao mercado nacional, diferentemente de outras grifes, Rochas preferiu deixar as roupas femininas para depois.
"Para as mulheres, trabalhamos mais em multimarcas ou em corners'."
Tendências da moda não estão no horizonte da grife.
"O espírito Rochas é de sobriedade. Não estamos no luxo ostentatório. É um vestuário atemporal. Não vamos tentar estar à frente nas últimas cores ou formas, pelo contrário, queremos nos distinguir", diz Lemonnier.
A marca chega com dois sócios: um argentino, a Profit Labels S.A., que detém o licenciamento para as Américas, e um brasileiro, Carlo Vettori.
Os ternos vão de R$ 2.041 a R$ 3.402. Um tuxedo sai por R$ 2.900.
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