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MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO
FOLHA DE SP - 02/08
Perto do fim do prazo, portos instalam scanners
A menos de cinco meses do fim do prazo para instalação de scanners de contêineres em terminais alfandegados, a compra de equipamentos por portos brasileiros movimenta o segmento.
A inglesa Smiths Detection, que fabrica as máquinas, afirma que só o setor de portos deve gerar US$ 100 milhões (cerca de R$ 230 milhões) para a companhia no Brasil.
"É o maior volume de negócios do grupo nessa área em todo o mundo", diz o CEO da empresa, Danilo Dias.
O prazo, definido em lei federal, venceria no fim de 2012, mas foi prorrogado e expira no dia 31 de dezembro.
O objetivo é melhorar a inspeção das cargas. Os aparelhos importados permitem vistoriar os compartimentos sem abertura e em movimento.
A Receita Federal informou que monitora a colocação das máquinas nos portos.
A Abratec, que representa operadoras de contêineres dos terminais portuários, diz que seis de suas 13 associadas já usam os scanners.
Os outros sete locais (não citados nominalmente) compraram os equipamentos e devem colocá-los em funcionamento até dezembro.
Nesta semana, o porto de Chibatão, em Manaus, inaugurou um scanner de cerca de R$ 11,5 milhões.
"A fiscalização, que levava até três dias, passará a ser feita em apenas 20 segundos", diz o gestor do terminal amazonense, Jhony Fidelis.
São Paulo terá mais 17 áreas para cultivo de peixes
Além das 14 áreas já divulgadas na semana passada, o Ministério da Pesca e Aquicultura abre hoje uma concorrência para a cessão onerosa (locação) de outros 17 locais de criação de pescados no Estado de São Paulo.
As áreas somam 29,2 hectares, com a produção de 9 mil toneladas por ano. Do total, 14 ficam em reservatórios e 3 estão em enseadas e praias.
A seleção dos locais é feita por demanda espontânea, segundo Maria Fernanda Nince Ferreira, secretária de Planejamento e Ordenamento da Aquicultura.
"O próprio interessado identifica a área como propícia para cultivo e apresenta o pedido ao ministério. Como é água da União, é necessário fazer uma licitação."
Cada espaço tem um valor mínimo para o lance inicial, que depende do tamanho e da capacidade de produção. No edital lançado hoje, o valor mais baixo é de R$ 713,20.
Os locais licitados têm anuência prévia do Ibama, o que deve desburocratizar o processo, diz a secretária.
"Queremos movimentar a economia do país com o aumento da produção de pescados. Por isso, esperamos que a ação não seja demorada."
A cessão de uso é de 20 anos, prorrogável pelo mesmo período de tempo.
Editais semelhantes já foram lançados em Goiás, Paraná, Bahia e Pernambuco.
TORRES NOVAS
A Atua Construtora, joint venture entre a Yuny Incorporadora e a empresa Econ, vai lançar um empreendimento residencial com 16 torres e que recebeu investimento de R$ 40 milhões.
Construído em um terreno de 57 mil m², na zona leste de São Paulo, o projeto terá oito condomínios com 2.312 apartamentos.
O potencial de vendas é de R$ 575 milhões, o maior da companhia.
"O bairro de Vila Prudente foi uma escolha estratégica porque há um deficit habitacional ali", diz Marcos Yunes, presidente da Yuny.
Criada em 2007 para atuar no segmento econômico, a Atua tem sete empreendimentos entregues no Estado, oito em construção e mais três em fase de lançamento em Itaquera, Saúde e Taboão da Serra.
O faturamento da Atua em 2012 foi de R$ 147 milhões. Para este ano, a expectativa é fechar em R$ 250 milhões.
MERCADO DE CARBONO
A Santo Antônio Energia, responsável pela Usina Santo Antônio, no rio Madeira (RO), recebeu certificação da ONU (Organização das Nações Unidas) para vender créditos de carbono.
A companhia diz que pretende faturar aproximadamente R$ 100 milhões com a negociação de 40 milhões de créditos, a serem comprados por países desenvolvidos com metas de corte de emissões.
Para obter a aprovação do MDL (Mecanismo de Desenvolvimento Limpo), a empresa argumentou que o processo produtivo evita o lançamento de gás carbônico.
"Temos a favor do nosso empreendimento uma grande quantidade de tecnologia. A barragem é a fio d'água, com área alagada muito pequena", diz Luiz Pereira de Araujo Filho, do grupo.
Ativa desde 2012, a hidrelétrica tem hoje 14 de suas 44 turbinas em funcionamento.
A estimativa é que até o segundo semestre de 2014 a usina atinja sua capacidade total, com energia gerada equivalente para abastecer cerca de 40 milhões de pessoas.
Lançamento Com mais de 40 anos de experiência em seguradoras no Brasil e no exterior, Acácio Queiroz, CEO da Chubb, vai lançar o livro "Minhas Bagagens".
Na obra, Queiroz, que começou a trabalhar aos 11 anos, relata sua trajetória e aborda temas que vão de liderança a motivação.
O livro traça um retrato da recente história do mercado de seguros no país.
"Sempre acreditei no setor, mesmo quando muitos achavam que ele era marginal. Hoje ele representa 6% do PIB", diz.
Design... O grupo Viszla abre sua primeira loja na capital paulista. A empresa vai representar a italiana Seletti, do segmento de design de móveis.
...italiano Outra marca da Itália representada pelo grupo é a Abici, que fabrica bicicletas com estilo vintage.
Voo baixo na construção
O nível de emprego na construção civil brasileira no primeiro semestre deste ano registrou desaceleração em comparação com o mesmo período de 2012, constatou o SindusCon-SP (sindicato paulista do setor).
Houve um avanço de apenas 3,43%, com a abertura de 115,7 mil vagas, ante 6,9% de janeiro a junho de 2012, quando foram criados 193,4 mil novos postos de trabalho.
"O setor desacelerou, mas isso não é nenhuma situação ruim porque o nível de atividade continua alto", diz o presidente do sindicato, Sergio Watanabe.
Em junho, o indicador de emprego subiu 0,09% em relação ao mês anterior, com a contratação de 3.113 trabalhadores. Em maio, o índice ficou negativo.
"O momento é de estabilização depois de um processo de desaceleração, que vinha desde 2011", diz Watanabe.
Até o final do primeiro semestre, o setor empregava 3,5 milhões de trabalhadores em todo país. A maior concentração estava na região Sudeste, com 1,8 milhão.
NEGÓCIOS DA COPA
A venda de artesanato para turistas brasileiros e do exterior atingiu R$ 2,7 milhões durante a Copa das Confederações, de acordo com levantamento do Sebrae.
Foram montados showrooms em cinco cidades que receberam os jogos --Belo Horizonte, Rio, Brasília, Fortaleza e Salvador.
A capital baiana e o Rio foram as cidades com mais vendas, somando R$ 400 mil em negócios fechados.
A iniciativa será repetida durante a Copa."Para 2014, vamos aprimorar o modelo do projeto", diz Luiz Barretto, presidente do Sebrae.
Intercâmbio... A rede CI, especializada em intercâmbios, lançou um plano de expansão para chegar a 100 lojas até 2015. Hoje são 71 unidades.
.. em expansão As próximas serão abertas em São Paulo e Franca. A marca faturou R$ 220 milhões em 2012 e cresceu 25% no primeiro semestre.
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