MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO
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MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO


FOLHA DE SP - 12/06

Aeroporto de Cabo Frio terá obras de R$ 100 mi
Localizado entre as cidades turísticas de Arraial do Cabo e Armação de Búzios, no litoral do Rio, o Aeroporto Internacional de Cabo Frio planeja uma expansão para se tornar uma espécie de centro logístico na região.

O Grupo Libra, responsável pela administração do aeroporto, investirá R$ 100 milhões. Além de receber mais voos com turistas, a ideia é atender a dois tipos de demanda cada vez maiores.

O aeroporto passou a ser usado como base de helicópteros que seguem para plataformas de petróleo, pela proximidade com as bacias de Campos e Santos.

Outro uso é como centro de armazenagem de cargas, com a estrutura formada pelo regime aduaneiro do aeroporto internacional.

"Começamos a transformar a região num polo industrial, capaz de receber empresas que exportam muitos insumos, como a indústria farmacêutica", afirma Kleber Meira, presidente da Libra Aeroportos, braço do grupo.

O plano é ampliar o pátio de aeronaves cargueiras em 65 mil m² e ter mais 66 mil m² de espaço para helicópteros, o que permitirá o pouso de mais 30 por dia.

Também está previsto um novo terminal de passageiros, para que possam ser atendidas anualmente até 500 mil pessoas. As obras devem ficar prontas em três anos.

Inaugurado em 1998, o aeroporto foi transferido em 2001 à iniciativa privada pela Prefeitura de Cabo Frio.

RUMO AO NORDESTE
A catarinense Schaefer Yachts vai instalar uma fábrica de barcos na Bahia que ampliará sua produção em cerca de 25%. O empreendimento demandará aporte de R$ 28 milhões.

Hoje a empresa tem três estaleiros --todos em Santa Catarina--, que constroem 200 unidades por ano. A nova planta terá, inicialmente, capacidade para 48 barcos.

"No começo, serão quatro por mês. Depois, iremos crescendo conforme a resposta do mercado", afirma o presidente da companhia, Marcio Schaefer.

"A Bahia tem um potencial interessante e, como está no Nordeste, facilita a questão logística", diz.

A Schaefer Yachts vinha negociando com o governo baiano há três anos e assinou um protocolo de intenções ontem. Agora, espera começar a operar dentro de 20 meses.

No ano passado, a empresa faturou R$ 189 milhões.

NOVO CAMINHO PARA O TELES PIRES
Uma das principais hidrelétricas em implantação na Amazônia, a usina de Teles Pires se prepara para construir sua barragem principal no próximo mês.

O rio de mesmo nome, entre Mato Grosso e Pará, começou a ser desviado na semana passada. É uma das fases mais importantes, que levará ao pico da instalação da obra, orçada em R$ 3,7 bilhões.

Até o fim deste ano, serão cerca de seis mil operários em atuação (hoje, são 4.600).

"Fizemos até agora escavações e ficamos voltados à construção civil. Com a implantação da barragem, começa também a montagem de equipamentos, como condutores, até a chegada das turbinas", diz Celso Ferreira, diretor da usina.

A barragem de 70 metros de altura começará a ser feita assim que o desvio do rio for concluído. Deve ficar pronta em setembro de 2014.

A Companhia Teles Pires espera começar a geração de energia em dezembro do mesmo ano, cinco meses antes do previsto na concessão.

A hidrelétrica já está 39% concluída, segundo o último relatório do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).

MAIS AO SUL
A rede de lojas de móveis e eletrodomésticos Schumann investirá R$ 35 milhões neste ano na construção de um centro de distribuições (CD) e na abertura de dez unidades na região Sul do país.

O CD, que demandará cerca de 70% do capital, terá 20 mil metros quadrados de área construída. Ele substituirá o atual, de 8.000 m2.

O empreendimento será instalado em Chapecó (oeste catarinense), cidade-sede da companhia.

Das novas lojas, duas serão no Rio Grande do Sul e oito em Santa Catarina, nas regiões de Joinville e Blumenau.

"O projeto é avançar em direção às capitais dos dois Estados", diz o presidente da empresa, André Schumann, que pretende inaugurar os dez pontos até o fim do ano.

Com a expansão, o número de funcionários deve passar dos 1.200 atuais para cerca de 1.500. Schumann também espera que o faturamento aumente 35%.

"De 2011 para 2012, já crescemos nessa faixa", afirma.

No ano passado, a empresa vendeu em móveis e eletrodomésticos aproximadamente R$ 220 milhões.




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