Marretadas na USP - EDITORIAL FOLHA DE SP
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Marretadas na USP - EDITORIAL FOLHA DE SP


FOLHA DE SP - 16/11

Paredes pichadas, móveis revirados, armários arrombados, portas quebradas, muita sujeira e pó de extintores de incêndio espalhado por toda parte. Este foi o cenário com que se deparou a reportagem desta Folha após a desocupação da reitoria da USP, 42 dias depois da invasão por estudantes e funcionários da universidade.

A justificativa dada pelo DCE (Diretório Central dos Estudantes) para a depredação mereceria zero numa prova de lógica. Tudo teria sido decorrência dos cortes de água e luz determinados pela USP no início da invasão e da demora da cúpula universitária em negociar. É difícil entender o que uma coisa tem a ver com a outra.

Segundo informação da universidade, desapareceram computadores, tablets e máquinas fotográficas. De acordo com o reitor João Grandino Rodas, o prejuízo pode ultrapassar R$ 1 milhão --os recursos da USP, nunca é demais lembrar, são fruto de impostos pagos pela população de São Paulo.

Desde a invasão da reitoria em 2007, que durou 50 dias, esse tipo de protesto, que acrescenta às demandas juvenis o inaceitável vandalismo, tornou-se banal. A tal ponto que, lamentavelmente, já são encarados como quase normalidade, algo a tolerar mais que combater, como um dia já ocorreu com os trotes violentos.

Até o Judiciário se portou de modo pusilânime nesse caso. Negou, mais de uma vez, a execução imediata da retomada do imóvel, sob o pretexto de que a reitoria da USP recusava o diálogo.

Ora, o outro lado da disputa --estudantes que se dizem defensores do diálogo e que desejam mais democracia na escolha do reitor-- havia usado marretas, e não palavras, para ocupar aquele recinto.

A tanto se viram reduzidas as técnicas de argumentação e convencimento no arsenal dos jovens. Nas ruas, invadir e quebrar já servem apenas para afugentar delas a massa de cidadãos aos quais não faltam motivos reais para protestar contra os três níveis de administração pela assombrosa má qualidade dos serviços públicos.

Numa universidade, então, o local por excelência da argumentação e da tolerância, marretas e cassetetes nem deveriam entrar. Mas uma minoria de militantes não hesita em arrastá-los ao dia a dia acadêmico.




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