Menina achada morta em piscina de vizinho no ABC se afogou, diz polícia

A menina de 2 anos de idade encontrada sem vida dentro da piscina de uma chácara vizinha a casa onde ela morava em São Bernardo do Campo, no ABC, na noite de quarta-feira (22), teve constatado afogamento como causa da morte. Em entrevista nesta quinta-feira (23) aoG1, a delegada Kátia Regina Cristofaro Martins, titular do 4º Distrito Policial da cidade, que investiga o caso, afirmou que o Instituto Médico Legal (IML) da Polícia Técnico Científica informou a ela que o exame necroscópico feito no corpo da vítima detectou ?asfixia mecânica por afogamento?.

?Conversei com o médico legista e ele me disse que também colocou afogamento como causa da morte no atestado de óbito entregue à família da garota?, afirmou a delegada Kátia Martins, que, no entanto, instaurou inquérito para apurar as circunstâncias da morte da menina e suas eventuais responsabilidades.

O caso havia sido registrado no 3º DP de São Bernardo como morte suspeita a apurar. Mas com a informação do IML de que a morte foi por afogamento, a delegada afirmou que, em princípio, não há indícios até o momento de que a tenha ocorrido algum crime.
 

'Fatalidade'
?Está parecendo mais uma fatalidade. Não
há dados de crimes violentos naquela região. Em tese, ela estava brincando com os irmãos mais velhos, de 13 e 11 anos, quando saiu de perto deles. Em seguida, deve ter entrado na chácara vizinha por alguma fresta na porta ou porque o portão estava aberto. Como é muito pequena e não sabe nadar, caiu na piscina e se afogou?, disse Kátia Martins.

Apesar da confirmação de afogamento e de não haver indícios de crime, a delegada afirmou que quer saber como a garota conseguiu entrar na chácara vizinha. Para isso, deverá ouvir, num momento oportuno, a mãe da vítima, uma dona de casa de 29 anos, e os dois filhos dela que estariam brincando com a irmã.

?É preciso falar com quem viu a menina pela última vez para entender como ela entrou na chácara vizinha, onde caiu na piscina. Quero saber se alguém foi negligente ou não?, afirmou a delegada.

Médica relata violênciaAlém dos familiares da vítima, Kátia Martins pretende falar com o dono da chácara onde a menina foi achada morta na piscina, e com uma médica que viu o corpo da garota num pronto socorro da cidade. De acordo com o boletim de ocorrência feito no 3º DP, a médica relatou a policias militares que a ?vítima apresentava possível violência sexual, sendo estes sinais não recentes?.

Questionada pela Polícia Militar, a mãe da menina respondeu que o suposto abuso poderia estar relacionado ao fato de que sua filha tinha ?prisão de ventre?. A delegada do caso disse que o IML descartou qualquer sinal de violência externo. ?Mesmo assim pedi mais exames internos para saber se a menina sofreu isso?, disse Kátia Martins.

Sumiço da filhaA mãe da menina ainda contou à Polícia Civil que passou a procurar a filha mais nova quando não a viu mais depois das 18h30. Segundo a mulher, a caçula estava acompanhada dos irmãos mais velhos, que também teriam perdido ela de vista.

Depois disso, a dona de casa passou a procurar a menina com a ajuda dos vizinhos. Um deles falou ao G1 que eles encontraram a menina sem sinais vitais e que foram feitas massagens cardíacas nela, mas sem resultado. ?Eu e meu filho pegamos a criança no colo e levamos de carro para um hospital. A mãe foi em outro carro depois?, disse o mecânico afastado do trabalho Maurício Garcia Joaquim, de 47 anos. ?Infelizmente quando ela chegou ao hospital já estava morta?.

O G1 não conseguiu localizar a mãe da menina morta e o dono da chácara para comentarem o assunto.

SepultamentoO corpo da menina deve ser enterrado na tarde desta quinta no Cemitério dos Jesuítas, emEmbu das Artes, na Grande São Paulo. O velório está previsto para as 14h, e o sepultamento, para as 16h30.

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