Mercedes- Bens começa enviar telegrama de demissão
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Mercedes- Bens começa enviar telegrama de demissão


?Não achava que ia acontecer comigo?, afirmou, com tristeza, um dos metalúrgicos da fábrica da Mercedes-Benz de São Bernardo que receberam ontem telegramas convocando-os a comparecer à empresa, no dia 1º, para assinar a rescisão do contrato de trabalho. Casado e com um filho de 1 ano e meio, ele trabalhava há 17 anos na montadora, tendo entrado na empresa como aprendiz, pelo Senai, ainda adolescente, aos 15. ?Ainda não sei o que fazer?, disse o funcionário, que atuava na área de peças para exportação.
Esse é o drama de muitos dos que receberam a correspondência, e são chefes de família, como outro funcionário, com oito anos de casa, que atuava na usinagem de motores e que tem filho de 2 anos e meio. ?Esperamos que o governo faça alguma coisa, é muita gente (sendo mandada embora)?, afirmou.O número de cortes não foi revelado pela companhia que, no entanto, disse que precisa ajustar o excedente de 2.000 pessoas na unidade fabril.
?Não achava que ia acontecer comigo?, afirmou, com tristeza, um dos metalúrgicos da fábrica da Mercedes-Benz de São Bernardo que receberam ontem telegramas convocando-os a comparecer à empresa, no dia 1º, para assinar a rescisão do contrato de trabalho. Casado e com um filho de 1 ano e meio, ele trabalhava há 17 anos na montadora, tendo entrado na empresa como aprendiz, pelo Senai, ainda adolescente, aos 15. ?Ainda não sei o que fazer?, disse o funcionário, que atuava na área de peças para exportação.

Esse é o drama de muitos dos que receberam a correspondência, e são chefes de família, como outro funcionário, com oito anos de casa, que atuava na usinagem de motores e que tem filho de 2 anos e meio. ?Esperamos que o governo faça alguma coisa, é muita gente (sendo mandada embora)?, afirmou.O número de cortes não foi revelado pela companhia que, no entanto, disse que precisa ajustar o excedente de 2.000 pessoas na unidade fabril.

No telegrama, a empresa informou que esgotou todas as ferramentas de flexibilidade ao longo dos últimos meses, e que a última proposta aos trabalhadores era a adoção do PPE (Programa de Proteção ao Emprego) ? que reduz jornada e salários em até 30%, com complementação de metade da redução no rendimento com dinheiro do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) ? e outras medidas de contenção de custos, que ?lamentavelmente não foram aceitas pelo sindicato?. O problema foram essas outras medidas. O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC tentou negociar, nesta semana, o PPE, mas sem que houvesse reposição apenas parcial da inflação na data base em 2016 e o rebaixamento da PLR (Participação nos Lucros e Resultados), o que foi recusado pela montadora. ?Muitas empresas de menor porte estão apostando no PPE para superar esse período de crise. O caminho que resta para o trabalhador é tentar reverter as demissões na luta?, disse Sérgio Nobre, diretor da entidade.

A companhia alegou que a fábrica está com 50% de ociosidade, por causa da queda de 43,1% nas vendas de caminhões zero-quilômetro de janeiro a julho na comparação com mesmo período de 2014. Para Nobre, houve intransigência da fabricante, que não aceitou discutir algo diferente do que já havia sido rejeitado pelos empregados em votação em julho.

Além de serem comunicados da rescisão, os empregados que receberam a carta também foram avisados que, para eles, a licença remunerada ? iniciada no dia 7 e que se encerrou ontem para todos os 7.000 das áreas produtivas ? foi estendida até o dia 31.

O secretário estadual de Emprego e Relações do Trabalho, José Luiz Ribeiro, que visitou o sindicato no dia 12 e garantiu que o governo do Estado poderia oferecer algum incentivo à empresa (como a devolução de créditos tributários) para evitar as demissões, foi procurado pela equipe do Diário, mas não houve retorno das ligações até o fechamento desta edição.

ATO - Haverá assembleia na porta da fábrica na segunda-feira pela manhã, e a perspectiva é a de que seja decretada greve. O dirigente considerou os cortes ?uma tragédia?, pelo impacto que terão na sociedade. ?A cada demissão na montadora, são mais quatro empregos perdidos na cadeia produtiva (nos outros segmentos, como autopeças e serviços)?, disse Nobre.No telegrama, a empresa informou que esgotou todas as ferramentas de flexibilidade ao longo dos últimos meses, e que a última proposta aos trabalhadores era a adoção do PPE (Programa de Proteção ao Emprego) ? que reduz jornada e salários em até 30%, com complementação de metade da redução no rendimento com dinheiro do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) ? e outras medidas de contenção de custos, que ?lamentavelmente não foram aceitas pelo sindicato?. O problema foram essas outras medidas. O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC tentou negociar, nesta semana, o PPE, mas sem que houvesse reposição apenas parcial da inflação na data base em 2016 e o rebaixamento da PLR (Participação nos Lucros e Resultados), o que foi recusado pela montadora. ?Muitas empresas de menor porte estão apostando no PPE para superar esse período de crise. O caminho que resta para o trabalhador é tentar reverter as demissões na luta?, disse Sérgio Nobre, diretor da entidade.
A companhia alegou que a fábrica está com 50% de ociosidade, por causa da queda de 43,1% nas vendas de caminhões zero-quilômetro de janeiro a julho na comparação com mesmo período de 2014. Para Nobre, houve intransigência da fabricante, que não aceitou discutir algo diferente do que já havia sido rejeitado pelos empregados em votação em julho.
Além de serem comunicados da rescisão, os empregados que receberam a carta também foram avisados que, para eles, a licença remunerada ? iniciada no dia 7 e que se encerrou ontem para todos os 7.000 das áreas produtivas ? foi estendida até o dia 31.
O secretário estadual de Emprego e Relações do Trabalho, José Luiz Ribeiro, que visitou o sindicato no dia 12 e garantiu que o governo do Estado poderia oferecer algum incentivo à empresa (como a devolução de créditos tributários) para evitar as demissões, foi procurado pela equipe do Diário, mas não houve retorno das ligações até o fechamento desta edição.
ATO - Haverá assembleia na porta da fábrica na segunda-feira pela manhã, e a perspectiva é a de que seja decretada greve. O dirigente considerou os cortes ?uma tragédia?, pelo impacto que terão na sociedade. ?A cada demissão na montadora, são mais quatro empregos perdidos na cadeia produtiva (nos outros segmentos, como autopeças e serviços)?, disse Nobre.
fonte:http://www.dgabc.com.br/Noticia/1552690/mercedes-poe-em-acao-plano-de-cortar-ate-2-000-na-regiao 




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