Qualquer criança de 10 anos é capaz de ver que o sujeito transformou essa “luta do bem contra o mal” em um negócio altamente rentável. Vende por centenas de reais um kit com meia dúzia de bugigangas que podem ser comprados por trocados em qualquer camelô. Infelizmente, não há nenhuma criança de 10 anos entre os tolos que se põem a enriquecer esse sujeito para que ele profira impropérios contra figuras públicas. E quando aparece alguém menos idiota e questiona a picaretagem, o tal Marcello Reis reage com truculência.
Os ideai$ democrático$ do indivíduo são escandalosamente evidentes, pois.
Enquanto isso, a página dos “revoltados”, entre outras, faz convocações para um desastre anunciado, já que é difícil imaginar que um partido com mais de um milhão e meio de filiados aceite agressões ao seu direito constitucional de se reunir.
Ao mesmo tempo, a revista Veja trata de acirrar os ânimos com veiculações praticamente idênticas às do grupo fascista.
No fim do ano passado, o deputado do PT gaúcho Paulo Pimenta já denunciava esse grupo na Câmara.
Como bem diz Pimenta, esse grupo sofre inúmeras acusações, inclusive na Justiça. Sobretudo com incitações à violência.
Na página dos “revoltados”, o tal Marcello Reis refere-se ao ex-presidente Lula como “molusco” e promete agredi-lo verbalmente, valendo-se de estar hospedado no mesmo hotel que ele durante o Congresso do PT. Do lado de fora, anuncia-se uma batalha campal.
O PT é um partido detentor dos votos de milhões de brasileiros. Tem uma legitimidade milhões de vezes maior do que a de um grupelho de “revoltados” gananciosos que usam o ódio para ganhar dinheiro e notoriedade. E mesmo que os “revoltados” tivessem sido eleitos por alguém, não teriam o direito de ir agredir ninguém.
A Alemanha pré-nazista viu movimentos como esse se espalharem. Vendo esses grupos uniformizados agirem, é difícil não traçar um paralelo com os “camisas-marrons” de Hitler.
O maior assassino da história dependia do ódio para atingir seus objetivos. Cooptou milhares de jovens desempregados e os vestiu com camisas marrons para lutarem “contra o mal”. Aqueles “policiais auxiliares” saíam às ruas para agredir e executar os que eram contra o regime. O medo garantia o silêncio dos alemães que não apoiavam os nazistas.
A intenção anunciada dos “revoltados”, sob a liderança do aspirante tupiniquim a Hitler, de impedir o Congresso do PT na Bahia e os ataques físicos e verbais dessa gente a qualquer um que considere “suspeito” de ser “petista”, torna impossível não fazer essa comparação.
Não é preciso gostar de Lula, mas ele merece respeito. É um ex-presidente da República, não foi acusado de nada e cabe às instituições e às autoridades garantir sua proteção contra qualquer tipo de agressão. Sobretudo quando essa agressão se faz anunciar de forma tão clara por um fascista qualquer como o tal Marcello Reis.
Não existe nação democrática no mundo que não preserve um ex-presidente da República, sobretudo um que deixou o cargo com 80% de aprovação, como Lula.
Além de assustador, é revoltante ver as autoridades inertes diante do crescimento de um movimento de viés claramente fascista como esse composto por “revoltados”, e outros similares.
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, tem o dever funcional de se pronunciar e de tomar uma atitude. Após o revoltado-mor, Marcello Reis, anunciar suas intenções agressivas contra o ex-presidente Lula, o mínimo que se espera é que seja intimado a prestar esclarecimentos e que seja retirado do hotel no qual pretende causar novos tumultos.