MP-AM pede júri popular para socialite acusada de mandar matar rival
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MP-AM pede júri popular para socialite acusada de mandar matar rival


Promotor encaminhou análise final do caso ao 3º Tribunal do Júri Popular.

Ministério Público pede ainda que outros réus também sejam levados a júri.

Suspeita chegou sorrido ao TJ-AM na manhã desta segunda-feira (23) (Foto: Diego Toledano/ G1 AM)Socialite é suspeita de ser mandante de tentativa
de homicídio contra rival (Foto: Diego Toledano/G1
AM)
O Ministério Público do Amazonas (MP-AM) encaminhou ao Tribunal de Justiça do Estado (TJ-AM) pedido para que os acusados de tentar matar a universitária Denise Almeida da Silva sejam levados a júri popular. O crime ocorreu em novembro de 2014 no estacionamento de uma academia no Centro de Manaus. Entre os réus, está a socialite Marcelaine Schumman, apontada como mandante da tentativa de homicídio.
O pedido foi assinado pelo promotor Rogério Marques dos Santos na segunda-feira (11). O documento foi encaminhado à 20ª Promotoria de Justiça e ao 3º Tribunal do Juri Popular da Capital nesta semana. O promotor aponta que "não há dúvida quanto à presença de indícios suficientes de autoria e de participação" dos réus. Marques destaca como "incontroversos" o envolvimento de Marcelaine com o suposto pivô do crime, o empresário Marcos Souto, e atritos da socialite com a vítima semanas antes do ocorrido. 
Ao G1, o juiz Mauro Antony disse que já recebeu o pedido do MP. "[O resultado deve sair] só depois que a defesa oferecer as alegações finais dela. Se eu entender que houve tentativa de homicídio, eles vão a júri", resumiu.
Denise Almeida sofreu tentativa de homicídio em estacionamento de academia; vítima participou de acareação de crime nesta segunda-feira  (Foto: Adneison Severiano/G1 AM)Denise Almeida sofreu tentativa de homicídio em
estacionamento de academia (Foto: Adneison
Severiano/G1 AM)
Entenda o caso
Denise Silva foi baleada no dia 12 de novembro de 2014 no estacionamento de uma academia localizada na Avenida Getúlio Vargas, no Centro de Manaus. O atirador disparou três vezes contra o carro em que ela estava. Dois tiros atingiram a vítima. A ação foi registrada pelo circuito de vigilância do estabelecimento.
Ela foi levada para o hospital 28 de Agosto, e depois transferida para uma unidade de saúde particular da capital. A mulher recebeu alta dois dias após o crime, mas ainda está com um projétil alojado na coluna.
Além de Marcelaine, quatro pessoas foram presas pelo crime. "A mandante criou na cabeça dela que o namorado estava tendo um caso com a Denise. Ela ofereceu R$ 7 mil para o executor matar ou aleijar a vítima, mas eles receberam apenas R$ 4 mil", disse o delegado Paulo Martins, então titular da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), logo após a prisão de três pessoas envolvidas no crime.

Depois de ser preso, Rafael confessou a tentativa de homicídio e apontou a participação de outras duas pessoas no crime: Charles Mac Donald Lopes Castelo Branco, de 27 anos, que teria negociado o crime com a mandante, e Karen Arevalo Marques, de 22 anos, que intermediou o aluguel da arma usada na tentativa de homicídio. Karen e Charles foram presos na Rua Miratinga, bairro Jorge Teixeira, Zona Leste de Manaus.
Rafael Leal dos Santos, de 25 anos, conhecido como "Salsicha", é apontado como o atirador. Ele foi preso na casa do avô na cidade de Anori, a 234 km de Manaus. O homem teria recebido R$ 3.500 pelo crime.
No dia 19 de dezembro, a polícia prendeu o vigilante Edney Costa Gomes, de 26 anos, por envolvimento no crime. Ele teria sido o responsável por indicar e fornecer contatos de "Mac Donald" - primo dele - e de Rafael Santos (autor dos disparos). De acordo com a polícia, Edney foi procurado por um vigilante que era colega de faculdade da socialite para cometer o crime. Ele teria recusado uma proposta de R$ 6.500 por medo.
Segundo a Polícia Civil, no dia em que o crime ocorreu, Marcelaine - que é casada com um empresário - viajou para o exterior. Ela retornou à capital do Amazonas no dia 5 de janeiro deste ano, e foi presa pela Polícia Federal ao desembarcar no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, na Zona Oeste de Manaus.
Após realizar exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML), a socialite foi levada para o Centro de Detenção Provisório Feminino (CDPF), localizado no km 8 da BR-174 (Manaus/Boa Vista).
Dez dias depois de voltar a Manaus, Marcelaine foi ouvida pela Polícia Civil. No depoimento, ela negou o crime, mas foi indiciada. De acordo com a polícia, a intenção da socialite era matar ou 'aleijar' a vítima.
No dia 6 de março, ocorreu a primeira audiência de instrução do caso. Marcelaine e os outros réus foram ouvidos, assim como Denise, o marido e o empresário Marcos Souto, apontado como pivô do crime. Após depoimento, Souto foi preso sob suspeita de falso testemunho. Ele foi liberado no dia seguinte. Marcelaine teve pedido de liberdade concedido no dia 16 do mesmo mês.




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