De acordo com informações da ANAC e da imprensa pernambucana, no acidente saíram feridos o piloto Almir Bazante, o co-piloto Márcio Araújo, e os passageiros Raul Henry, Décio César, Cristiano Dias e o fotógrafo Antônio Melcop. O piloto tirou das ferragens o então candidato a deputado Raul Henry, correligionário do governador Zé Filho e ex-secretário de Educação de Pernambuco. Instantes depois, o equipamento explodiu. O acidente em Pernambuco foi noticiado até pela imprensa internacional e no site especializado neste tipo de ocorrências -www.desastresaereos.net.
Clandestino, avião não pode pousar ou decolar do Aeroporto Petrônio Portela
Se o Seneca de Zé Filho com prefixo falso estiver voando pelos céus do Piauí, certamente seu pouso e decolagem não ocorre do Aeroporto Petrônio Portella, em Teresina. O avião só poderia decolar e pousar de aeroportos sem fiscalização oficial e a rota adotada pela aeronave seria "cega", isto é, o avião estaria voando sem informar o plano de voo.
Rota livre para crimes
O uso de aviões clonados no Brasil alimenta uma rota clandestina que serve para transporte ilegal de mercadorias, armamentos, dinheiro sujo e drogas. Recentemente, o Capital Teresina denunciou a construção de um aeroporto particular clandestino numa fazenda de propriedade do governador e candidato à reeleição Zé Filho(PMDB). Com pista de 1.200 metros - o que permite o pouso de aviões de grande porte, a obra teria custado cerca de R$ 5 milhões de reais.
Quando associamos a informação da existênia de um aeroporto clandestino e de um avião clonado, ambos de propriedade do governador Zé Filho, sérias suspeitas recaem sobre o governante e candidato à reeleição.
COINCIDÊNCIA E MISTÉRIO
No dia 2 deste mês, um avião, com prefixo PT-DRO ? clonado, caiu ao tentar retornar ao campo de pouso de Piracuruca, após problemas na decolagem. O local da queda fica a cerca de 90 quilômetros do aeroporto privado construído por Zé Filho em sua fazenda localizada em Buriti dos Lopes.
A aeronave acidentada em Piracuruca, segundo investigações até agora reveladas à imprensa, coincidentemente, é um clone. Após o acidente, a tripulação fugiu em uma caminhoneta e até hoje (26.09) ainda não foi identificada. Nove galões de combustível e vestígios de cocaína foram encontrados dentro do avião.
O delegado de Piracuruca, Ricardo Oliveira, que iniciou as investigações disse que a Aeronáutica já identificou que a aeronave é realmente clonada. ?Quando os técnicos fizeram a perícia, identificaram que a matricula do avião não tem nada a ver com a origem dele, e sim com de outra aeronave, que nem do mesmo modelo é?, disse.
Assim como o episódio de Piracurura, o caso do avião clonado declarado como bem particular do governador Zé Filho deve ser investigado pela Polícia Federal imediatamente. O candidato à reeleição precisa se explicar diante de tão graves evidências.
Edição: Redação/capital teresina