Novos protestos terminaram em confronto com policiais militares e atos de vandalismo nas cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro na noite desta terça-feira
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Novos protestos terminaram em confronto com policiais militares e atos de vandalismo nas cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro na noite desta terça-feira



Novos protestos terminaram em confronto com policiais militares e atos de vandalismo nas cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro na noite desta terça-feira. Informações da polícia apontam ao menos 200 detidos na capital fluminense e 56 na capital paulista.
Em São Paulo, o ato começou às 17h no largo da Batata, em Pinheiros (zona oeste). Ele foi convocado por estudantes da USP, que invadiram a reitoria da universidade no último dia 1º e reivindicam eleições diretas para reitor. O ato, porém, atraiu também partidos de esquerda, movimentos sociais e "black blocs".A manifestação seguiu de forma pacífica até chegar à avenida Eusébio Matoso, onde um grupo quebrou a entrada de vidro de uma loja da Honda. Logo em seguida, teve início o confronto com a PM, na marginal Pinheiros, na altura da ponte Eusébio Matoso.


Manifestantes jogaram pedras e os policiais revidaram com balas de borracha, bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo. Com a confusão, um grupo de pessoas correu para o interior de uma loja Tok & Stok. Na saída, 44 pessoas foram detidas. Policiais disseram que elas teriam depredado o estabelecimento.
Essa foi a primeira vez que a PM paulista usou balas de borracha após o veto a esse tipo de arma durante a onda de manifestações que ocorreu em junho. As balas de borrachaforam liberadas novamente na semana passada, pelo secretário Fernando Grella Vieira, após outro protesto, que também teve atos de vandalismo.
Um dos diretores do DCE da USP, Pedro Serrano, 22, a confusão ocorreu porque a polícia tentou impedir que os manifestantes chegassem ao Palácio dos Bandeirantes, onde os estudantes planejavam solicitar uma conversa com o governador Geraldo Alckmin (PSDB).
"Foi tudo premeditado para que a manifestação não ocorresse", disse. "A gente foi cercado e reprimido pela polícia. Jogaram diversas bombas no meio da manifestação". Segundo ele, os PMs avançaram por ambos os lados. Por esse motivo, explica, um grupo de pessoas se refugiou na loja de móveis Tok & Stok.
Houve ainda depredação a bancos e na estação Butantã do metrô. Ao todo, 56 pessoas foram encaminhadas para o 14º DP (Pinheiros). Até o final da noite, ao menos oito dessas pessoas já tinham sido liberadas.

RIO DE JANEIRO


Na capital fluminense, o ato foi convocado por professores das redes municipal e estadual, que está em greve desde 8 de agosto, e são contrários ao plano de cargos e salários da categoria proposto pela Prefeitura do Rio e aprovado pela Câmara de Vereadores.
Assim como em São Paulo, o ato ocorreu de forma pacífica até por volta das 20h, quando representantes do sindicado de professores anunciou o encerramentos do ato. Com isso, um grupo menor de manifestantes tentou retirar tapumes da Biblioteca Nacional, dado início aos confrontos.
Na avenida Rio Branco, uma das principais do centro da cidade, diversos bancos foramdepredados, assim como os consulados de Angola e dos Estados Unidos. Uma loja do McDonald's foi saqueada, uma carro da PM incendiado e foram feitos bloqueios com lixo incendiado em várias ruas.


O confronto continuou por diversas vias da região central por mais de três horas. Por volta das 23h, o Batalhão do Choque da PM cercou a Câmara de Vereadores, onde ainda havia um grupo e deteve 60 pessoas. Elas foram revistas e levadas à delegacia em três ônibus.
De acordo com Gustavo Proença, advogado da Comissão de Direitos Humanos da OAB, mais de 200 manifestantes foram detidos. Ele informou à Folha que os manifestantes foram encaminhados para delegadas espalhadas por toda a cidade, entre elas a 5ª (Centro), 12ª (Copacabana), 19ª (Tijuca), 25ª (Engenho Novo), 29ª (Madureira) e 37ª (Ilha do Governador).
Antes do protesto, os profissionais da rede municipal de educação decidiram manter a greve. Uma nova assembleia para discutir os rumos da paralisação foi marcada para o dia 22, às 11h. O encontro de hoje, assim como o próximo, ocorreram no Clube Municipal, no bairro da Tijuca (zona norte).

fonte:http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2013/10/1357278-protestos-terminam-com-confronto-e-atos-de-vandalismo-no-rio-e-sp.shtml




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