O caos privado da telefonia móvel
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O caos privado da telefonia móvel


Por Altamiro Borges

A Folha de hoje publicou um editorial duro contra o caos na telefonia móvel. Defensora ardorosa da privatização do setor no reinado de FHC, como todo o restante da mídia, o jornal reclama da péssima qualidade dos serviços prestados à sociedade, mas prefere botar a culpa na ineficiente fiscalização da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Os celulares não funcionam e a internet é uma porcaria, mas a mídia privatista evita fazer autocrítica e alivia a barra das operadoras privadas. A culpa é do governo Dilma!

A chiadeira da Folha teve como base o recente relatório da Anatel sobre as graves falhas no setor. O estudo confirmou que a qualidade da internet por celular ou tablets (3G) e do envio de mensagens de texto (SMS) está abaixo do estipulado nos contratos. Ele constatou que, entre agosto e outubro do ano passado, 4% do tráfego de internet e SMS teve falhas de conexão. “É o dobro do limite permitido, fixado pela própria Anatel”. Para a Folha, os problemas existem porque a “a agência não age com rigor para impedir que se repitam”.

No final de janeiro, o Estadão já havia criticado os péssimos serviços das operadoras de telefonia. “O Brasil dispõe de um dos maiores sistemas de telecomunicações do mundo, disputado por gigantescas empresas internacionais e brasileiras, além de um conjunto de órgãos reguladores conhecidos, mas nem assim os consumidores são bem atendidos”. Mas o jornalão conservador, outro baluarte da privataria tucana, não aliviou a barra dos empresários. Ele inclusive lembrou as ações do governo e da Anatel contra as companhias.

“Em julho do ano passado, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), órgão que regula o setor, proibiu as três das principais operadoras de telefonia celular do país - Oi, TIM e Claro - de vender serviços de internet e telefonia móvel em inúmeros Estados, devido à má qualidade dos serviços, interrupções constantes nas ligações e número crescente de reclamações dos clientes. Em 2009, a Vivo foi proibida de comercializar alguns planos devido à deficiência dos serviços de banda larga”.

Estas ações, porém, não resultaram na melhoria dos serviços. As reclamações contra as operadoras no Procon aumentaram em 19,7%, entre 2011 e 2012. As empresas privadas não tem qualquer compromisso com a qualidade dos serviços. Na lógica do próprio capital, elas estão preocupadas apenas com o aumento dos seus lucros. No caso das multinacionais, elas inclusive remetem bilhões para as suas matrizes em crise na Europa. A privatização deste setor estratégico cobra o seu preço, mas a mídia não admite sua culpa no cartório!




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