Geral
O fator C - NELSON MOTTA
O ESTADÃO - 14/03
E se a maioria do PMDB, movida não por ideologia ou algum propósito mais nobre, mas para sobreviver à voracidade predatória do PT e por oportunismo eleitoral, num eventual desgaste nas intenções de voto em Dilma e algum crescimento das candidaturas de oposição, decidir mudar de lado? Afinal, não é a perspectiva de poder que move os políticos?
Quem diria que o polêmico deputado Eduardo Cunha, odiado pelo governo e tantas vezes acusado de patifarias e fisiologismo, seria a esperança da oposição em uma eventual divisão do PMDB que poderia mudar os rumos da eleição e do Brasil? A coisa está tão complicada que já não bastam ministérios para saciar o partido e há uma sensação de que agora seria tarde demais: o projeto petista de uma hegemonia absoluta no Congresso se tornou a maior ameaça à sobrevivência do PMDB. Ao tentar demonizar e isolar Cunha, Dilma acabou lhe dando mais poder e apoio da bancada.
Em um ano de Copa do Mundo, de grandes mobilizações populares e de incertezas na economia nacional e internacional, nunca na história deste país tantas variantes podem interferir no processo eleitoral. Até Eduardo Cunha, o fator C. Além de ser, como o futebol, uma caixinha de surpresas, na política, o vilão de ontem pode ser o herói de hoje, dependendo dos ventos das mudanças. De governista radical, José Sarney passou para a oposição quando a ditadura começou a ruir, e acabou presidente.
O mesmo Sarney, que é atendido por Dilma e Lula em tudo que quer e retribui com a fidelidade do PMDB ao governo, é o símbolo das queixas dos liderados de Cunha, de que alguns caciques do PMDB têm cargos e poder, como Sarney e Renan, mas não o partido, que não participa das decisões de governo, é atropelado pelo PT nos estados e recebe migalhas do poder. Para eles, as eleições são locais, e as ameaças, reais.
Muitos agora estão se perguntando para que servem uma Vice-Presidência da República e meia dúzia de ministérios meio mequetrefes, diante dos 17 do PT e do seu rolo compressor na Esplanada trabalhando para se tornar hegemônico no próximo Congresso? E a campanha nem começou.
-
Pmdb 7 X 1 Dilma - Bernardo Mello Franco
FOLHA DE SP - 25/03 BRASÍLIA - O jogo político em Brasília tem lembrado a semifinal da Copa: a cada vez que os alemães Renan Calheiros e Eduardo Cunha armam uma jogada, Dilma Rousseff encarna o goleiro canarinho e vai buscar a bola no fundo da rede....
-
Derrota Simbólica - Merval Pereira
O GLOBO - 12/03 A derrota do governo na votação do requerimento da criação de uma comissão externa para investigar na Holanda denúncias de corrupção na Petrobras foi o resultado de um dia inteiro de negociações para contornar a rebelião dos...
-
Deputado Piauiense Marcelo Castro, Do Pmdb, Será O Novo Ministro Da Saúde
Deputado federal Marcelo Castro (PMDB-PI) (Foto: PMDB.org) O deputado federal Marcelo Castro (PMDB-PI) será o novo ministro da Saúde, em substituição a Arthur Chioro, ligado ao PT. Ele teve seu nome levado à presidente Dilma Rousseff pelo líder...
-
Dilma Sai Das Cordas; Oposição Apoia Cunha
Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho: No "day after" da reforma ministerial, inverteram-se as posições na tabela do Brasileirão do poder em Brasília. O governo Dilma retomou a iniciativa política e conseguiu sair das cordas, enquanto a...
-
Pmdb Esticou A Corda Demais
Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho: Como o Carnaval baiano, o impasse entre o governo, o PT e o PMDB não tem dia para acabar. Na pajelança de quarta-feira no Palácio da Alvorada, que reuniu Dilma e Lula com o comando da campanha da reeleição,...
Geral