O FUTURO DAS LOCADORAS DE VÍDEO
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O FUTURO DAS LOCADORAS DE VÍDEO


Pra quem mora nos EUA será lugar comum, mas eu nunca tinha ouvido falar da Netflix antes de vir pra cá. E, infelizmente, nem foi imediatamente depois de chegar aqui que esse nome foi sussurrado pra mim. Foi só em dezembro, mais ou menos. Quisera eu ter sabido antes! Bom, a Netflix é uma locadora de DVDs, mas não uma locadora de verdade, com espaço físico e tudo. Que eu saiba, é uma rede. Você vai na internet, decide o plano que vai adotar (antes pode ter dez dias grátis pra testar), procura no catálogo deles os filmes que gostaria de assistir, e faz uma lista. E aí eles começam a mandar os DVDs pra você, em casa, pelo correio. Chega em um dia. Pode ficar quanto tempo quiser com o filme. Quando for devolver, é só pôr de volta no envelopinho e colocar em qualquer caixa de correio, sem selar nem nada. Eles avisam quando receberem (geralmente em um dia), e enviam o próximo da lista.
Eu optei pelo plano de ter três filmes por vez. Isso permite ver, aproximadamente, uns 4 ou 5 DVDs por semana (se eu vir no dia em que recebo o filme e devolver no dia seguinte). Pago 18 dólares por mês, o que sai muito mais em conta que TV a cabo ou que pagar por cada filme numa locadora. Mas se você não for de ver muitos filmes, pode fazer o plano de um por vez. Custa 5 dólares mensais. Agora acabei de cortar a TV a cabo, que é cara (uns US$ 40 mensais) e via cada vez menos, desde que me filiei a Netflix, e aumentei meu plano pra 4 filmes por vez (US$ 25).

Além disso, mesmo um dos planos mais básicos, que custa uns 9 dólares, dá direito a ver filmes do catálogo que estão disponíveis online. Só aí são 6 mil filmes pra escolher. Eu e o maridão vimos as três primeiras temporadas completas de “The Office” desse jeito. Você vai no site, baixa o filme em menos de 30 segundos, e assiste no seu computador.

Pra cinéfilos, é o paraíso na Terra, principalmente por causa do catálogo completo, que tem mais de 75 mil títulos. Até agora há pouquíssima coisa que eu não encontrei. “Pixote” foi um deles. Aliás, filme brasileiro pré-anos 90 é raridade. E “Ano Passado em Marienbad”, um clássico francês, também não tá lá. Eles têm uma espécie de lista de espera. Se o filme acabou de estrear no cinema, dá pra ir a Netflix e já colocá-lo na sua lista. Quando o filme for lançado em DVD, meses depois, você o recebe. Mas com 75 mil títulos é possível encontrar a maior parte do cinema americano. Creio que a maior locadora brasileira não tenha 30 mil títulos em seu acervo (tô chutando). Tem locadora brasileira que diz ter 50 mil filmes, mas isso inclui cópias. Duvido que haja 50 mil títulos disponíveis no Brasil.

Claro que há desvantagens nesse sistema da Netflix. Como todos os negócios virtuais, ela emprega muito menos gente que se tivesse sedes de verdade, e isso é péssimo pra sociedade. Vai ficar cada vez pior. Suponho que logo a Neflix não mandará mais filmes pra casa via correio. Todos estarão prontinhos pra download. Por que isso não funciona no Brasil? Pra começar, porque nossa internet, além de cara, é uma lesma.

Esse é meu sonho de consumo – que todo o conhecimento da humanidade esteja disponível na internet. Eu quero ler um livro, encontrar um artigo acadêmico, ver qualquer filme? É só clicar e ele aparece. Não me incomodaria pagar uma taxa mensal (baixa) por isso. Mas ainda vai demorar pra acontecer. Os e-books já existem, só que são caros (15 dólares pra download?!). Artigos acadêmicos online, nem na Biblioteca do Congresso! A pioneira a passar teses do papel pro computador é a University of Michigan, aqui pertinho. Não tem nem 10% online ainda. Qualquer artigo ou filme com mais de doze anos é quase impossível de encontrar.

Mas, voltando à Netflix, pelo jeito ela não é a única a usar esse sistema. Wal-Mart e Blockbuster também fazem algo parecido, só que, a julgar pelos comentários de clientes, não são tão bons (custa mais caro, demora mais pra chegar, acervos menores). Com a popularização da internet, as locadoras tradicionais de vídeo não têm um futuro promissor. Qual o tempo de vida que elas ainda têm no Brasil? Dez anos? Se você ficou curioso(a), já já comento os filmes que vi recentemente através da Netflix.





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