Geral
O Globo e as verbas para as enchentes
Por Antônio Mello, em seu blog:O jornal O Globo (do Oligopólio Globo) deu manchete e reportagem de página inteira em seu primeiro caderno de hoje criticando o governo federal, que não estaria liberando verbas para prevenção das enchentes de verão, como a última, que atingiu a Região Serrana do Rio, provocando quase 600 mortos e desabrigando dezenas de milhares de famílias.
"Essas obras de prevenção são essenciais para evitar ou atenuar tragédias que se repetem todos os anos, como deslizamentos de terra em áreas de risco. No caso do Estado do Rio, foram reservados R$ 7 milhões para apoio a obras preventivas, mas nenhum tostão foi liberado até agora".Mas a preocupação demonstrada hoje por O Globo contrasta com a posição do jornal há aproximadamente um ano, quando o governo do Rio desviou R$ 24 milhões, que deveriam ser usados para a prevenção de enchentes, e os entregou para a Fundação Roberto Marinho (do Oligopólio Globo).
O anúncio foi feito pela comunicação da Secretaria do Ambiente do RJ:
"Nossos recursos serão usados principalmente na parte de conteúdo do museu. Consideramos o museu uma instituição importante, por tratar de forma lúdica e interativa a questão do desenvolvimento sustentável e do meio ambiente, entre outros temas, numa perspectiva futura. É uma oportunidade que teremos de transmitir para a população, em geral, e para a juventude, em especial, esses conhecimentos que despertam a consciência – afirmou a secretária do Ambiente, Marilene Ramos".O tal conteúdo do museu de que fala a secretária nós não pudemos apreciar, pois o Museu da Fundação Roberto Marinho ainda não tem um tijolo de pé, embora já tenha recebido mais de R$ 200 milhões do governo do estado e da prefeitura do Rio. Mas que as verbas fizeram falta, fizeram. Pois nem três meses depois, aconteceu a tragédia da Região Serrana.
A Folha de S.Paulo denunciou que o governo do Rio tinha estudos de 2008 que mostravam o alto risco de tragédia na região:
O risco de um desastre na região serrana do Rio de Janeiro, como o que ocorreu nesta semana e já deixou pelo menos 547 mortos, havia sido apontado desde novembro de 2008 em um estudo encomendado pelo próprio governo do Estado, informa Evandro Spinelli.
A situação mais grave, segundo o relatório, foi identificada exatamente em Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo, cidades com o maior número de mortes em razão das chuvas intensas.No entanto, o governo Cabral ignorou os estudos e destinou a verba para a Fundação Roberto Marinho, sem que se lesse uma notinha sequer criticando a medida no mesmo O Globo.
Diante da atitude hipócrita do jornal, fica a dúvida:
- estão arrependidos e, sentindo-se culpados, defendem as verbas agora para que a catástrofe não se repita;
- ou só querem mais verbas para que sejam novamente encaminhadas para a Fundação Roberto Marinho
Com a palavra o leitor.
-
O Preço Do Descaso - Editorial O EstadÃo
O ESTADO DE S. PAULO - 29/12Com ar compungido, a presidente Dilma Rousseff apareceu nos últimos dias sobrevoando Minas Gerais e Espírito Santo para ver os estragos causados pelas chuvas, que deixaram mais de 40 mortos e milhares de desabrigados. Para...
-
Tragédias E Discursos - Editorial Folha De Sp
FOLHA DE SP - 17/12 Após desastres naturais, governantes anunciam respostas de emergência, mas planos de prevenção raramente saem do papel A prática é recorrente. Logo após tragédias naturais de graves proporções, autoridades políticas vêm...
-
Fundação Roberto Marinho Investigada
Por José Augusto, no blog Os amigos do presidente Lula: A batata da ONG da Rede Globo está assando. Uma solicitação de informações ao TCU (Tribunal de Contas da União) mostra que o Ministério Público Federal está investigando as relações da...
-
Os Desmentidos Do Jornal O Globo
Por Antônio Mello, em seu blog: O jornalismo de resultados de O Globo vai de mal a pior. E cada vez mais rápido. Reportagem na página 4, publicada no Globo de hoje, desmente reportagem de ontem (que foi manchete de primeira página) e de quebra outra...
-
Agua, Lama E Morte No Rj
A chuva na Região Serrana do RJ, que provocou 506 mortes, já é considerada a maior tragédia climática da história país. O número de vítimas ultrapassou o registrado em 1967, na cidade de Caraguatatuba, no litoral norte de São Paulo. Naquela...
Geral