Por Luis Nassif, no Jornal GGN:Semanas atrás apresentei algumas conclusões da “Pesquisa Brasileira de Mídia 2014”, preparada pelo Ibope para a Secretaria de Comunicação do governo federal.
Hoje deverá ser divulgada a íntegra da pesquisa.
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A pesquisa foi realizada por 200 pesquisadores que aplicaram 75 perguntas a 18.312 entrevistados em 848 municípios.
A pesquisa comprova algumas obviedades: o ainda largo alcance da TV nos hábitos de consumo. Cerca de 65% dos brasileiros assistem TV diariamente e 97% ao menos uma vez por semana. Na média, são 3:29 horas de TV por dia.
No entanto, há um crescimento da TV por assinatura. Hoje em dia, dos usuários de TV, 67% assistem somente a TV aberta, 34% assistem a ambas e 7% apenas as TVs por assinatura. Em São Paulo, a porcentagem dos que assistem apenas TV aberta cai para 51% e para 41% no Rio – dois centros que antecipam as tendências do país.
Um dado importante é a presença da TV parabólica. 37% dos telespectadores usam a parabólica – e essa audiência não é captada pelos institutos de pesquisa. A presença maior de parabólicas é nas regiões mais distantes. Em municípios com menos de 20 mil habitantes, as parabólicas respondem por 65% das captações.
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A abrangência do rádio é substancialmente menor. Cerca de 39% dos entrevistados não têm por hábito ouvir rádio e apenas 21% ouvem rádio todos os dias.
A Internet tem se aproximado cada vez mais do rádio. Em termos de Brasil, 53% dos entrevistados ainda não a utilizam. Mas os que a utilizam diariamente correspondem a 26% dos entrevistados, contra 21% do rádio.
Além disso, a média diária de utilização do rádio é de 3:07 horas contra 3:39 horas da Internet.
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Quando se entra na mídia tradicional, cerca de 75% dos entrevistados nunca leem jornais impressos, contra apenas 6% que leem todos os dias. Em São Paulo, o percentual dos que jamais leem jornal sobe para 80%, contra 5% que leem todos os dias; no Rio é de 51% os que nunca leem contra 16% dos que leem diariamente.
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O item revista é o e menor penetração. Cerca de 85% dos brasileiros não leem nenhuma espécie de revista. Em São Paulo esse índice fica em 86% e no Rio em 80%.
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No item “Confiança nas Notícias”, os jornais impressos são os melhores avaliados: 53% confiam muito ou sempre contra 45% que confiam pouco ou nunca.
O segundo veículo melhor avaliado é o rádio, com quase empate: 50% confiam muito ou sempre contra 49% que confiam pouco ou nada. Quadro que muda pouco em relação ao noticiário de televisão: 49% confiam muito ou sempre contra 50% que confiam pouco ou nunca.
Em São Paulo, 59% confiam pouco ou nunca, contra 40% que confiam muitas vezes ou sempre. No Rio de Janeiro, a contagem é de 57% de descrença contra 43% de confiança.
Na mídia tradicional, a pior avaliação é das revistas: 40% confiam muito ou sempre contra 56% que confiam pouco ou nunca.
Em São Paulo, o descrédito é amplo: apenas 29% confiam muito ou sempre contra 69% que confiam pouco ou nunca.
A melhor avaliação das revistas são nos estados mais afastados e nos municípios menores.
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Dada a sua diversidade, os novos meios de comunicação ainda não ganharam a confiança dos leitores: apenas 28% confiam muito ou sempre em notícias de sites; 24% em notícias de redes sociais, e 22% em notícias de blog.
O Estado de S.Paulo - 10/03 Se você está lendo este artigo em um jornal impresso, você faz parte de uma minoria. Ou melhor, de uma minoria da minoria. E não é só por causa da qualidade duvidável deste texto. A leitura de jornais em papel no Brasil...
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