Uma nova pesquisa encontrou mais evidências sobre um fato sobre qual tanto cientistas quanto leigos sabem, ainda que intuitivamente: sono e sonhos são um mecanismo psíquico [mental] de otimização da aprendizagem. [Ou seja, dormir e sonhar, este é um processo fundamental do processo de aprender qualquer coisa].
Segundo os pesquisadores, depois de um período concentrado em aprender uma tarefa física e/ou mental, ao acordar, a pessoa saberá ou estará executando melhor esta tarefa. Seja a montagem de um móvel ou o estudo das fórmulas de resolução de problemas matemáticos, ainda que, em geral, o sujeito nem se lembre do sonho, dormir bem depois do estudo, uma pesquisa, um treinamento, as tarefas parecem se tornar como que magicamente mais fáceis. São executadas com surpreendente familiaridade, depois que se dorme.
O bom sono possibilita memorização de grande quantidade de informações muito mais rápido que um trabalho consciente de repetição em estado de vigília. Em vigília, as informacões, são obtidas, capturadas, registradas; mas é durante o sono essas informações são eficientemente processadas.
A questão que intriga os psiquiatras é o papel dos sonhos nesse fenômeno. Quer a pessoa se lembre ou não dos sonhos. Os que conseguem narrar seus sonhos não revelam sempre um tipo de experiência extravagante, fantástica, seja totalmente alheia ao sonho, seja claramente relacionado com um tema no qual a mente ocupou-se intensamente. Mesmo quando se sonha com a tarefa estudada ou praticada- o compromisso de ministrar uma palestra por exemplo, as situações são sempre delirantes, absurdas, deslocadas. Labirínticas: as sequências de não dão em nada, não se concluem, difusas, se esvaem no advento de uma outra cena qualquer.
A natureza e função dos sonhos. Robert Stickgold, pesquisador da Harvard Medical School acredita que os sonhos fazem parte do sistema psíquico que permitem ä mente consciente trabalhar sobre um mesmo problema [ou vários problemas, talvez] em muitos níveis de consciência.
Um destes níveis, ocupa-se, certamente, em encontrar, no labirinto de conhecimentos que é o acervo de registros da memória, associações úteis aplicáveis em propósitos determinados relacionados com as necessidades da experiência no estado de vigília.
Para os cientistas, sobre os sonhos, apesar de seus mistérios, é certo que são um sinal psíquico, sintoma de que outras partes do cérebro estão trabalhando no labirinto metafísico da Consciência e da Inconsciência. O labirinto onde estão: 1. o que o indivíduo sabe sobre si mesmo e sobre o mundo durante a vigília e 2. o universo sem tamanho do que ele nem sabe, ou não lembra sobre seu Si mesmo e do mundo quando está acordado.
Em A Doutrina Secreta, a ocultista H. P. Blavatsky [1831-1891] chama um sono perfeito de Sono dos Atlantes caracterizado por ser um sono sem sonhos. Muito possivelmente, a julgar pelo suposto avanço daquela civilização, esse sono do qual se desperta, sempre, sem qualquer lembrança: este sono que se aparenta com uma pequena morte parece ser, o mais adequado para um pleno aproveitamento do potencial da inteligência e exercício de faculdades, capacidades de ação sobrenaturais ou sobreterrenas [além do que é medianamente possível para um ser vivo, um homem, na terra, neste momento evolutivo].
Muitas pessoas citam Napoleão Bonaparte [1769-1821] para ilustrar seu desprezo pelo sono. Dizia aquele que corou a si mesmo imperador da França: Seis horas de sono para um homem, sete para uma mulher e oito para um tolo. E ainda: A morte é um sono sem sonhos e talvez sem despertar. Maas, como disse Frederico I [1657-1713] da Prússia: O sonho e a esperança são dois calmantes que a natureza concede ao ser humano. Meditemos... por L. Cabus 12/05/2010