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O muro
A segurança de Israel dificilmente será aumentada com a construção do muro na Cisjordânia, que só aumentará as razões dos extremistas palestinianos e que lhes dará crescente apoio entre os palestinianos, visto estarem a lutar contra a tentativa de espoliação das suas terras. A segurança de Israel só pode passar pela paz, decorrente da retirada dos territórios ocupados e do reconhecimento do Estado palestiniano, porque é isso que corresponde ao direito internacional e aos anseios dos palestinianos e porque só isso retirará aos grupos radicais palestinianos o principal combustível da sua desesperada luta.
A questão do "muro de segurança" é um bom exemplo da insensibilidade e do desprezo de Israel pela legalidade e pelos direitos humanos dos palestinianos, bem como a sua capacidade de provocar a hostilidade geral. Não está em causa tanto a construção do muro em si mesmo, mas sim a
sua localização dentro do território palestiniano, anexando uma boa parte dele, incorporado juntamente com os ilegais colonatos judaicos e isolando várias povoações palestinianas, que ficam cortadas das suas terras de cultivo, bem como das povoações vizinhas.
É a própria ideia de um Esatdo palestiniano que fica em causa.
Um porta-voz israelita descartava a oposição à localização do muro, dizendo que a questão era irrelevante, porque
«de qualquer modo sempre haveria descontentes». Como comentava um jornal suíço, citado na revista de imprensa do Le Monde, isto mostra como o poder israelita se encarrega de agravar a indefensabilidade da sua posição, como se fossem indiferentes as questões da legalidade internacional e as questões humanitárias.
A questão fundamental continua a ser uma e a mesma, ou seja, a ocupação ilegal do território palestiniano e a sua colonização por Israel. Por mais que Telavive pretenda desprezar o veredicto do
Tribunal Internacional de Justiça, chamado a pronunciar-se sobre o caso pelas Nações Unidas (tal como aliás tem desprezado sistematicamente as resoluções desta sobre a ilegalidade da ocupação), a verdade é que são essa questões que continuam a alienar apoios a Israel e a criar uma
ampla frente de hostilidade contra a política israelita, que não tem nada a ver com antijudaísmo, muito menos com anti-semitismo. Como diz o mesmo jornal,
«não são preconceitos políticos nem anti-semitas, mas antes regras de direito que levam grande parte do mundo a denunciar o muro e a ocupação da Palestina».
Vital Moreira
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Evidente? Nem Tanto!
O ministro dos negócios estrangeiros italiano sugeriu uma força da ONU para Gaza, se a missão do Líbano for bem sucedida. E por que não também para a Cisjordânia, após retirada da ocupação israelita, como desde há muito propõem os palestinianos?...
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Justiça Para A Palestina !
As agências noticiosas antecipam esta manhã o veredicto do Tribunal Internacional de Justiça, que vai ser oficialmente anunciado logo à tarde, sobre a ilegalidade do muro de separação que Israel está a construir na Palestina, salvo na parte em...
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A Questão Dos "palestinianos" (bis)
O comentário de Francisco José Viegas (post "Pormenores 2", de 04/04) sobre a questão dos palestinianos não me tranquiliza inteiramente. Por duas razões:
a) Hoje a questão da identidade palestiniana só é contestada pela extrema direita israelita,...
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Israel & Palestina
1. Uma carta
«Num dos seus últimos posts o Professor afirma que "a ilegítima ocupação e a afrontosa colonização israelita dos territórios palestinianos devem cessar, pois elas são a fonte de todo o conflito".
Coloco-me duas questões: 1º -...
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O Muro Israelita
1. Uma carta
«O muro israelita [cfr. este post ] não devia existir. Certo.
Os comandos suicidas palestinianos não deviam existir. Certo.
Morrem inocentes todos os dias. Certo.
São cometidas as maiores atrocidades por palestinianos e israelitas...
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