O ranking do analfabetismo - EDITORIAL ZERO HORA
Geral

O ranking do analfabetismo - EDITORIAL ZERO HORA


ZERO HORA - 31/01

O Brasil enfrenta mais um constrangimento mundial com a divulgação do ranking de analfabetos adultos, no qual ocupa a oitava posição em números absolutos. Autoridades brasileiras já advertiram que a posição deve ser relativizada, considerando-se a população do país. Uma nação com dimensões continentais estará propensa a frequentar estudos que levem em conta o número de habitantes. Mesmo assim, esse tipo de argumentação é apenas um consolo. Sob qualquer ponto de vista, o Brasil está mal em educação, e não só em relação ao nível de aprendizado de adultos. No caso específico, o Relatório de Monitoramento Global de Educação para Todos, divulgado nesta semana pela Unesco, um órgão da ONU, apenas reafirma que as políticas públicas não vêm alcançando os resultados assumidos em compromissos, como as metas a serem perseguidas até 2015.
São mais de 10 milhões de adultos que não sabem ler e escrever, um contingente que torna sem sentido o objetivo de universalizar a alfabetização até o ano que vem, assumida em 2000. A própria Unesco admite, ao divulgar o documento, que o Brasil não conseguiu superar os desafios por ser uma nação populosa e heterogênea. É uma constatação que exige a renovação dos compromissos, até porque os países à frente em números de analfabetos _ Índia, China, Paquistão, Bangladesh, Nigéria, Etiópia, Egito _ poderão recorrer aos mesmos argumentos. Apesar do tamanho do país, das diferenças regionais e das disparidades de renda, o Brasil já conseguiu superar ou amenizar outros obstáculos, como os da área econômica, mas continua fracassando na educação.
Nesse contexto, merece reflexão a observação da coordenadora de Educação da Unesco no Brasil, segundo a qual a alfabetização de adultos tem efeitos em cadeia, a começar pelo mais imediato, que é o da melhoria de renda. Um adulto alfabetizado, se continuar estudando, aumentará seu ganho médio em 10% a cada ano de escolaridade. O mais importante é o ganho social. Adultos que dominam a leitura e a escrita têm melhora de autoestima. Pais alfabetizados afirmam ainda mais sua autoridade diante dos filhos e se fortalecem como referência e inspiração. Especialistas têm apontado uma relação evidente: o êxito do aprendizado de crianças e adolescentes é facilitado por familiares que tenham um histórico escolar capaz de servir de exemplo.
Considerada parte essencial de programas de transferência de renda, a educação continua desafiando as políticas públicas. Mesmo com o Bolsa Família, adultos analfabetos tendem a se conformar com o mau rendimento dos filhos, até porque são incapazes de uma avaliação, e até mesmo a mantê-los fora da escola. Atacar o analfabetismo dos adultos significa, diretamente, melhorar as condições de vida das crianças que deles dependem.




- A Cor Da Mente - Cristovam Buarque
O GLOBO - 08/03 Analfabeto adulto é filho e neto de analfabetos Nos anos 70, a televisão mostrou uma série com o nome de ?Raízes?, contando a trajetória de uma família de negros americanos, desde seu passado na África. A série emocionou centenas...

- Pesquisa Da Unesco é Alerta Para A Educação - Editorial O Globo
O GLOBO - 31/01 Deve-se evitar o conhecido equívoco brasileiro de considerar que todo problema tem uma única solução: mais dinheiro. Há exemplos que desmentem a crença. A mais recente pesquisa internacional sobre Educação reforça a necessidade...

- Para Não Repetir A Barbárie - Esther Pillar Grossi
ZERO HORA - 07/08 Associando-me à voz das ruas, dirijo-me à Senhora Presidente da República, para gritar bem forte: _ De nada adiantará destinar 100% dos royalties do petróleo para educação se nada se modificar, concreta e rapidamente, no coração...

- PoÇo Verde É O No 1 Em Analfabetismo Entre Adultos Na RegiÃo Centro-sul!
Num momento em que a UNESCO divulga que o Brasil possui 38,5% da população adulta considerada analfabeta, o secretário municipal de Educação, Paulo Caduda,  confirma no primeiro encontro pedagógico do ano letivo 2014 que Poço Verde figura...

- Brasil Tem A Menor Média De Anos De Estudos Da América Do Sul, Diz Pnud...
A média de escolaridade no Brasil, um dos critérios educacionais que o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) leva em conta na elaboração doÍndice de Desenvolvimento Humano (IDH), é de 7,2 anos, segundo dados divulgados nesta...



Geral








.