O ministro do Turismo, Pedro Novais (PMDB), determinou, em nota divulgada no começo da noite desta terça-feira (9), a abertura de uma "comissão de procedimento administrativo disciplinar", com a finalidade de investigar irregularidades no ministério que resultaram na Operação Voucher, da Polícia Federal.
A operação tinha cumprido até a noite desta terça 35 mandados de prisão em São Paulo, Brasília e Macapá. Os detidos são suspeitos de envolvimento em um esquema de desvio de verba no ministério. A investigação, iniciada em abril, apontou fraude em contrato do ministério com o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável (Ibrasi). A finalidade do convênio era qualificar 1,9 mil profissionais de turismo no Amapá. Dos R$ 4,445 milhões do contrato, quase R$ 3 milhões foram desviados, segundo a PF.
De acordo com a nota divulgada pelo Ministério do Turismo, "os servidores presos, preventiva ou temporariamente, em operação realizada hoje pela Polícia Federal, serão mantidos afastados de suas funções durante o prazo de investigação."
O ministério anunciou que publicará nesta quarta (10) uma portaria suspendendo a assinatura de convênios com entidades privadas sem fins lucrativos pelo prazo de 45 dias.
Pela portaria, também ficará suspenso o empenho de qualquer valor destinado a essas entidades. O ministério fará um levantamento de todos os convênios informando o nome de entidades, os valores e a situação da prestação de contas. Terão prioridade os convênios com prazo de vigência expirado em 31 de dezembro de 2010 e os de valores "expressivos".
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Entre os presos pela PF, estão o secretário-executivo do ministério, Frederico Silva da Costa; o secretário nacional de Desenvolvimento de Programas de Turismo, Colbert Martins da Silva Filho, ex-deputado federal; e Mario Moysés, ex-presidente da Embratur, além de empresários, diretores do ministério e funcionários do Ibrasi.
O ministro do Tuirismo, Pedro Novais, passou a tarde desta terça em reunião com assessores no seu gabinete, no Ministério do Turismo. Ele estava em São Paulo, chegou a Brasília por volta das 12h30, se dirigiu para o ministério e não deixou o local durante toda tarde