Geral
Não foi o primeiro jogo entre brasileiros e argentinos - mas para os brasileiros, era como se fosse. O primeiro jogo acontecera uma semana antes, em Buenos Aires, um amistoso em que os argentinos derrotaram os brasileiros por inmapeláveis 3x0. Na segunda vez em que as duas seleções se encontraram, também em Buenos Aires, o jogo valia uma taça. Era a decisão da Copa Roca, torneio amistoso cuja taça havia sido doada pelo então presidente argentino Julio Roca. Além de ter sido a primeira decisão entre os dois rivais, a partida teve também um dos gestos mais elogiáveis da longínqua rivalidade. O Brasil vencia o jogo por 1 a 0, gol marcado por Rubens Sales no primeiro tempo, quando os hermanos chegaram ao empate, já depois do intervalo, com Leonardi, ajudado por um toque de mão. Entretanto, os próprios argentinos foram até o árbitro Alberto Borgeth ? brasileiro, por sinal ? e lhe avisaram sobre a irregularidade. O juiz então invalidou o tento, e o Brasil acabou ficando com a conquista. O clima amistoso era tanto que Marcos Carneiro de Mendonça, goleiro da Seleção, foi carregado pela torcida adversária, coisa inimaginável cem anos depois.
A Copa Roca nunca teve uma data definida nem a regularidade de torneios oficiais, mas marcou a história dos duelos entre Brasil e Argentina. Um desses momentos é de triste memória para o Brasil. Em 1940, em uma partida disputada no clássico estádio do Gasómetro, em Buenos Aires, a Argentina não perdoou o Brasil e aplicou aquela que se mantém até hoje como a maior goleada do duelo. O grande destaque do jogo, com três gols, foi Carlos Peucelle, ídolo do River Plate como jogador e importante anos mais tarde como técnico para a formação da esquadra que assombraria os rivais argentinos e que ficou conhecida como La Máquina. Jair Rosa Pinto foi o autor do único gol brasileiro no encontro, quando a Argentina ainda vencia por 3 a 0. Maior artilheiro da história do Huracán, Herminio Masantonio fez dois, e Emilio Baldonedo, que jogou também no Huracán, teve passagem pelo Newell?s e encerrou a carreira no México, fechou a goleada aos 41 minutos da etapa complementar.
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FOLHA DE SP - 13/11 A sociedade do espetáculo, que não tem limites, quer consumir rapidamente o talento dos craques Após o primeiro sorteio de ingressos para a Copa, o diário argentino esportivo "Olé" chamou de vergonha o baixíssimo número de bilhetes...
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Num jogo como o que Brasil e Argentina fazem hoje em Belém, um jovem jogador fazia seu segundo gol pela seleção brasileira e despontava para a mais vitoriosa e bela carreira da história do futebol. Estreara dias antes, no primeiro jogo...
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— Ele é o melhor do mundo. Simples assim. Essas foram as duas frases de Neymar que definiram o que aconteceu há pouco no Metlife Stadium. Pela terceira vez, o atacante brasileiro jogou contra uma equipe em que estava Messi. Pela terceira vez perdeu....
Geral
Os 100 anos de Brasil x Argentina, são 99 jogos até hoje
No dia 20 de setembro de 1914, Brasil e Argentina se enfrentaram pela primeira vez. Neste sábado, 11 de outubro de 2014 (às 9h05, no horário de Brasília), as duas seleções mais tradicionais do futebol sul-americano vão disputar o centésimo jogo de uma história que completa cem anos. Nos 99 jogos até hoje, o Brasil tem 39 vitórias, 36 derrotas, e são 24 empates. Foram 155 gols do Brasil, contra 153 da Argentina - e Pelé é o maior artilheiro do duelo, com oito gols marcados. O jogo de sábado é a decisão da Copa Roca, justamente o torneio que marcou o começo dos confrontos entre Brasil e Argentina. Para celebrar essa rivalidade, ÉPOCA lista os 10 maiores confrontos entre brasileiros e argentinos.
1 - O primeiro jogo: Argentina 0x1 Brasil ? 27 de setembro de 1914
Não foi o primeiro jogo entre brasileiros e argentinos - mas para os brasileiros, era como se fosse. O primeiro jogo acontecera uma semana antes, em Buenos Aires, um amistoso em que os argentinos derrotaram os brasileiros por inmapeláveis 3x0. Na segunda vez em que as duas seleções se encontraram, também em Buenos Aires, o jogo valia uma taça. Era a decisão da Copa Roca, torneio amistoso cuja taça havia sido doada pelo então presidente argentino Julio Roca. Além de ter sido a primeira decisão entre os dois rivais, a partida teve também um dos gestos mais elogiáveis da longínqua rivalidade. O Brasil vencia o jogo por 1 a 0, gol marcado por Rubens Sales no primeiro tempo, quando os hermanos chegaram ao empate, já depois do intervalo, com Leonardi, ajudado por um toque de mão. Entretanto, os próprios argentinos foram até o árbitro Alberto Borgeth ? brasileiro, por sinal ? e lhe avisaram sobre a irregularidade. O juiz então invalidou o tento, e o Brasil acabou ficando com a conquista. O clima amistoso era tanto que Marcos Carneiro de Mendonça, goleiro da Seleção, foi carregado pela torcida adversária, coisa inimaginável cem anos depois.
2 - A maior goleada: Argentina 6×1 Brasil ? 5 de março de 1940
A Copa Roca nunca teve uma data definida nem a regularidade de torneios oficiais, mas marcou a história dos duelos entre Brasil e Argentina. Um desses momentos é de triste memória para o Brasil. Em 1940, em uma partida disputada no clássico estádio do Gasómetro, em Buenos Aires, a Argentina não perdoou o Brasil e aplicou aquela que se mantém até hoje como a maior goleada do duelo. O grande destaque do jogo, com três gols, foi Carlos Peucelle, ídolo do River Plate como jogador e importante anos mais tarde como técnico para a formação da esquadra que assombraria os rivais argentinos e que ficou conhecida como La Máquina. Jair Rosa Pinto foi o autor do único gol brasileiro no encontro, quando a Argentina ainda vencia por 3 a 0. Maior artilheiro da história do Huracán, Herminio Masantonio fez dois, e Emilio Baldonedo, que jogou também no Huracán, teve passagem pelo Newell?s e encerrou a carreira no México, fechou a goleada aos 41 minutos da etapa complementar.
3 - O último gol de Pelé: Brasil 2×1 Argentina ? 8 de março de 1970
Quase uma década antes de começar a eterna discussão sobre quem foi o melhor jogador da história, Pelé ou Maradona - um duelo que apimenta ainda mais o Superclássico das Américas -, O Rei do futebol brilhou em um jogo amistoso no Maracanã. Em 5 de março de 1970, meses antes da conquista do Tricampeonato Mundial no México, o camisa 10 brasileiro fez uma verdadeira pintura no Maracanã, diante de cem mil torcedores, para resolver a parada a sete minutos do fim do jogo. O golaço foi o último de Pelé enfrentando a Argentina, contra quem balançou a rede oito vezes na história.
4 - O primeiro duelo em Copa do Mundo: Brasil 2x1 Argentina ? 30 de junho de 1974
A rivalidade dos argentinos sempremfoi com os uruguaios. As duas seleções já haviam decidido uma Copa do Mundo, e incontáveis Copa América. Mas a situação mudou depois de uma série de ferrenhos duelos ao longo dos anos 1950 e 1960. Em 1974, o Brasil já rivalizava com os uruguaios no posto de nemêsis da alibeceleste. Foi quando Brasil e Argentina se encontraram pela primeira vez em uma Copa do Mundo, em 1974, na Alemanha. No primeiro tempo, Rivelino fez boa tabela com Jairzinho e mandou um belo chute no canto direito do goleiro para abrir o placar. De falta, Brindisi surpreendeu Leão e empatou o confronto. No segundo tempo, Jairzinho cabeceou cruzamento com estilo e deu a vitória para os até então tricampeões. Foi um jogo histórico, mas que pouco adiantou para a Seleção Brasileira, que seria eliminada dias depois, pelo supertime da Holanda.
5 - A Batalha de Rosário: Brasil 0 x 0 Argentina - Copa de 1978 - 18 de junho de 1978
Sem dúvida este não foi o mais bonito dos jogos entre Brasil e Argentina - mas certamente o mais tenso. A disputa da Copa de 1978 transcendeu o futebol. Sob violenta ditadura comandada pelo general Jorge Vidella, a Argentina usou o futebol como instrumento de propaganda e consolidação do poder. Nesse cenário, os jogadores entraram pressionados a vencer a qualquer preço. Na base da força bruta, se preciso fosse. O clima bélico ficou claro no duelo entre Brasil e Argentina, pela segunda fase do torneio, no dia 18 de junho de 1978, no estádio Gigante de Arroyito, em Rosário. Os dois rivais estavam no mesmo grupo em que Polônia e Peru. Quem "sobrevivesse" estaria a um passo da final. Tratou-se de um festival de pontapés e cotoveladas. Foi um jogo tão violento que ficou conhecido como a "Batalha de Rosário". Na sequência da Copa, com uma goleada de 6 a 0 da Argentina sobre o Peru, resultado que até hoje levanta suspeitas, os donos da casa se classificaram para a final. Ao Brasil, por ter terminado invicto e pela valentia em Rosário, restou o terceiro lugar e o título de "campeão moral".
6 - Maradona elimina o Brasil: Argentina 1×0 Brasil ? Copa de 1990 - 24 de junho de 1990
Em 1990, a Seleção Brasileira vivia uma crise geracional, com poucos craques, uma seleção rachada e um técnico contestado. Já os argentinos os argentinos passavam pelo melhor momento de sua história: tinha o melhor jogador do mundo no auge, Diego Armando Maradona, craques aos borbotões, e defendiam o título. Na Copa do Mundo da Itália, em 1990, Brasil e Argentina se encontraram nas oitavas de final. A Seleção não fazia uma campanha convincente, mas diante do rival tinha sua melhor atuação até então. Mesmo jogando bem, o Brasil não resistiu à habilidade de Maradona, que aos 35 minutos do segundo tempo dominou uma bola no meio de campo, passou por quatro marcadores brasileiros e deu um passe açucarado para Caniggia driblar Taffarel e abrir o marcador. Dos quatro confrontos entre brasileiros e argentinos em Copas do Mundo, esse foi o único em que um dos lados eliminou o outro em um confronto direto - justamente na única vez em que a Argentina levou a melhor. Além disso, a partida ficou marcada também pela história admitida por Maradona de que teria dado uma água batizada para o lateral Branco. Depois de passarem pelo Brasil, os argentinos eliminaram ainda Iugoslávia e Itália, até perderem a final para a Alemanha.
7 - Uma vitória inesperada: Brasil 2×2 Argentina ? 25 de julho de 2004
Houve alguns bons jogos entre Brasil e Argentina nos anos 1990, mas nenhum que se compare a sequencia de duelos históricos dos anos 2000 - uma sequência que começou com a final da Copa América de 2004. As duas seleções tinham alguns dos melhores jogadores de sua história. Nesta final, os grandes favoritos eram os albicelestes. Marcelo Bielsa, então técnico da Argentina, havia levado seu grupo principal para o torneio, enquanto Carlos Alberto Parreira contava com um time alternativo, repleto de jogadores que ainda buscavam seu espaço. Apesar da superioridade teórica, na prática a Argentina tinha dificuldade para impor seu jogo. Kily González e Luisão haviam feito os gols no primeiro tempo, e César Delgado, com um tento aos 42 da segunda etapa, dava o título aos hermanos com a vitória por 2 a 1. Diante da vantagem, os argentinos tiravam onda, e um ainda novato Carlos Tevez fazia gracinha, esperando o apito final. Já nos acréscimos, Adriano recebeu na área e mandou uma bomba para deixar tudo igual. Nos pênaltis, Julio César foi decisivo no gol, e o Brasil saiu com a taça do Estádio Nacional de Lima, no Peru.
8 - Chocolate canarinho: Brasil 4x1 Argentina - Copa das Confederações 2005 - 29 de junho de 2005
A decisão da Copa América do ano anterior deixara marcas profundas nos argentinos. Eles vieram para a Copa das Confederações com sangue nos olhos, ansiosos por derrotar o Brasil e acabar com a festa brasileira. As duas equipes se encontraram na decisão da Copa das Confederações de 2005, no Waldstadium, em Frankfurt, na Alemanha, na primeira decisão entre os arqui-rivais fora da América do Sul na história. Ao contrário de 2004, o Brasil era amplo favorito, porque jogava um futebol vistoso e contava com o "quadrado mágico": Kaká, Ronaldinho Gaúcho, Adriano e Ronaldo. Os brasileiros também estavam motivados: havia menos de um mês, a Seleção perdera para os argentinos nas eleiminatórias para a Copa do Mundo. Com um começo irrepreensível, o Brasil envolveu a Argentina com toque de bola eficiente e, em apenas dois ataques, abriu vantagem de dois gols no placar já aos 14min, com Adriano e Kaká. O título foi consumado no começo segundo tempo, quando Ronaldinho Gaúcho e mais uma vez Adriano definiram a histórica vitória. Foi a mais ilusória das vitórias brasileiras, porque deu a impressão de que o hexacampeonato na Copa da Alemanha, no ano seguinte, seriam favas contadas.
9 - Messi estreia contra o Brasil: Brasil 3 x 0 Argentina - 3 de setembro de 2006
Em 2006, Messi ainda não era Messi. Estreara no Barcelona havia apenas dois anos, e era um coadjuvante de Ronaldinho Gaúcho, Eto'o, Deco e cia.- um jovem promissor, mas um coadjuvante. Messi estreara pela Argentina em 2004, com 17 anos, mas não jogara tudo que podia. Dois anos depois, Messi fizera bons jogos com a seleção principal, e havia até estreado em Copas do Mundo - e feito um gol, contra Sérvia e Montenegro, na vitória de 6x0 da Argentina na Copa da Alemanha. Mas Messi nunca havia enfrentando a amarelinha pela seleção principal da Argentina. A oportunidade veio em setembro de 2006, no segundo amistoso com o técnico Dunga no comando da Seleção Brasileira. E o argentino sentiu o peso do confronto. Em uma exibição de gala da Seleção Brasileiro, batemos os argentinos por 3x0. A única jogada em que Messi dá sinal de vida foi no último gol do Brasil, gol de Kaká, aos 44 minutos do segundo tempo, em que Messi tenta, sem sucesso, derrubar Kaká.
10 - Messi destroi o Brasil: Argentina 4 x 3 Brasil - 09 de junho de 2012
Apesar da estreia oficial de Messi contra o Brasil ter ocorrido seis anos antes, pode-se dizer que sua verdadeira arrancada foi neste jogo no MetLife Stadium, em Nova Jersey, nos Estados Unidos. Apesar de ser muito criticado dentro da Argentina por não resolver as partidas, Messi já tinha mostrado sua maestria contra o Brasil. Em cinco confrontos anteriores, Messi decidiu três jogos para os argentinos. Mas nunca ele havia triturado os brasileiros como desta vezes. Com três gols, um deles uma pintura, ?La Pulga? foi fundamental na vitória de sua equipe por 4 a 3 sobre a Seleção de Mano Menezes. em um jogo emocionante, cheio de empates e viradas, Messi definiu a partida aos 39 do segundo tempo. Messi dominou pela direita, deixou Marcelo para trás, arrancou e chutou de fora da área, no ângulo direito de Rafael: golaço. Vitória argentina por 4 a 3. Vitória de Messi.
A Argentina levou a melhor no último clássico. Agora é com Neymar.
fonte:http://epoca.globo.com/vida/noticia/2014/10/os-100-anos-de-bbrasil-x-argentina-em-10-jogos-inesqueciveisb.html
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Num jogo como o que Brasil e Argentina fazem hoje em Belém, um jovem jogador fazia seu segundo gol pela seleção brasileira e despontava para a mais vitoriosa e bela carreira da história do futebol. Estreara dias antes, no primeiro jogo...
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