Pequeno Parábola Afetiva
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Pequeno Parábola Afetiva


Encontrei um amor ontem. Estava ferido e caído no meu jardim. Com muito cuidado, levei-o até minha casa, arrumei um lugar provisório para que ele ficasse confortável.

Costumava ver amores brincando do lado de fora da minha janela, muito ocupada, nunca me preocupei em ter um lugar reservado para ele, por mais que minha mãe sempre dissesse que amores sempre aparecem e por bem é sempre bom ter um lugar guardado para ele.

Cuidei para que não tivesse fome, alimentando-o com pequenas porções de afetos, comida predileta dos amores, e iguaria muito difícil de achar, sorte que tinha guardado um pouco da época que meus sobrinhos estiveram por perto.

Pedi também a todos que fizessem silêncios, ou não sendo possível que falassem baixo, quase sussurrando, amores feridos não gostam de frase ásperas, tampouco tons elevados.

Tive que me policiar para não ficar vigiando-o toda hora. Mesmo quando estão bem, amores não gostam de muito controle, é claro que não podemos também ignorá-los, o ideal é mostrarmos que estamos presentes e que a hora que eles quiserem, estaremos ao lado deles.

Durante dias cuidei do amor ferido, ora alimentando-o com afeto, ora contando estórias com finais felizes. Excelente e eficiente remédio, pequenas doses diárias, ajuda no processo de restabelecimento, além de fortalecer o amor e evitar que ele se fira novamente. Quando juntamos estórias com finais felizes a abraços apertados e beijos demorados, o cura dar-se-á ainda mais rápido.

Uma manhã não encontrei mais o amor no lugar que havia deixado. Procurei por todos os cômodos, mas não o achei mais. Então percebi que ele estava curado e havia partido, como todos os amores. Não digo que não fiquei revoltada. Nesses dias todos, havia me afeiçoado a ele, acostumada a tê-lo sempre ao meu lado.

E além de tudo, ele partira sem sequer se despedir. Lágrimas encharcaram meus olhos e me prometi nunca mais trazer um amor ferido para casa. Melhor que morresse no jardim, repetia para mim mesma, enquanto ia juntando tudo que um dia fora dele.

Qual não foi minha surpresa quando olhei pela janela e o vi, brincando no sol de primavera que inundava meu jardim! Que grande tola, eu tinha sido, chorando como uma boba, esquecendo que o amor não suporta ficar prisioneiro e é preciso a liberdade de um jardim ensolarado para que ele cresça e se fortaleça ao nosso lado.




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