O PMDB promove segunda-feira, 26, os últimos atos da operação de desembarque do governo Rosalba Ciarlini. Ocupantes de cargos comissionados indicados pelo Senador Garibaldi Filho deverão entregar seus cargos e o presidente estadual da legenda, Henrique Alves, deverá anunciar oficialmente o rompimento.
O script está pronto e vem sendo seguido à risca. Primeiro, foi a Juventude do PMDB que lançou o nome do deputado estadual Walter Alves para a disputa da sucessão da governadora Rosalba Ciarlini. Depois de negar que é pré-candidato ao governo, o deputado defendeu o rompimento sob alegação de que a governadora não atendeu às expectativas. Nelter Queiroz e Hermano Morais também afirmaram que o rompimento era questão de dias.
Como um roteiro muito bem escrito, o secretário estadual de Trabalho e Assistência Social, o garibaldista Luiz Eduardo Carneiro Costa, anunciou que se sente desconfortável e que pediu audiência à governadora para entregar o cargo. O encontro está marcado para esta segunda-feira.
Ele deverá ter o gesto imitado por Getúlio Batista, que dirige a Fundac e Fernando Dinoá que dirige a Potigás.
Em seguida, Henrique Alves anunciou que é homem de partido e que não pode ficar contra a vontade das bases do partido. Se o partido cansou, Henrique não irá remar contra a maré.
Como a governadora desanda a cada dia, nada mais cômodo para Henrique do que alegar agora que o Rio Grande do Norte de que ele tentou ajudar o governo que não se deixou ajudar.
Discurso pronto, faltam agora apenas a entrega dos cargos e o anúncio final. Henrique deverá dizer que o PMDB continuará ajudando o Rio Grande do Norte, mas que não tem qualquer aliança eleitoral com a governadora e o Democratas.
O ministro e senador licenciado Garibaldi Filho deverá lembrar que ajudou a eleger Rosalba Ciarlini senadora e governadora mas que há muito defende o rompimento.
Henrique dirá que não votou em Rosalba e que decidiu apoiar administrativamente a governadora para ajudar o Rio Grande do Norte.
Roteiro perfeito. Tudo pronto. Resta saber se o do Rio Grande do Norte entenderá que o PMDB não tem responsabilidade alguma pelo desastre administrativo e o caos nos serviços públicos que imperam no Estado há quase três anos.
Postado no blog do BG